Por: Pr. Armando Castoldi
“Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade. Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória” – 1 Timóteo 3.14-16. Essas solenes palavras foram escritas pelo apóstolo Paulo quando estava preso em Roma ao seu discípulo Timóteo, a quem pesava a responsabilidade de liderar a Igreja em Éfeso.
Ora, assim como Timóteo, uma das primeiras coisas que precisamos compreender com respeito à pessoa e obra de Jesus Cristo é que a redenção da humanidade está única, exclusiva e indissoluvelmente ligada a Ele. A expressão “mistério da piedade” significa a forma singular pela qual o Pai se utilizou para transferir novamente justiça, santidade e glória à humanidade decaída. Não há salvação e nem revelação fora de Jesus Cristo: “Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também ao meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” – João 14.5-9.
Olhando para o peso das duas declarações acima, tanto de Paulo a Timóteo como do Senhor Jesus a Tomé, podemos perfeitamente compreender que estamos diante de realidades muito grandes. Não há como comparar Jesus Cristo a qualquer ser humano e não há como comparar a Igreja com qualquer outra instituição deste mundo.
Jesus Cristo não foi apenas um grande homem que deixou marcas importantes na História. Não! Ele é infinitamente mais que isso: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação, pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. – Colossenses 1.15-16.
Esta é a razão por que o meu compromisso com Jesus não se limita a cultuar uma simples memória. Jesus é uma presença real em cada hora, minuto e segundo da minha existência. Dependo dEle! Ele é o meu Salvador e o Senhor da minha vida. Essa também a razão pela qual não vejo a Igreja como um prédio, uma simples organização religiosa, um lugar de reunião ou uma a mais das tantas organizações que procuram melhorar o mundo. Em algum aspecto ela é isso, porém é muito mais. Ela é a “casa de Deus, a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”. Sim, apesar de ser constituída de pessoas comuns como eu e você!
Mas talvez alguém pergunte: Onde está essa Igreja? Onde posso ver esse testemunho?
Alguém já disse com muita propriedade que “Deus não chama os capacitados, mas capacita os chamados”. Foi desse modo que me percebi, quando apesar de todos os meus pecados e limitações decidi seguir a Jesus. Ali, “bem ou mal”, fui atraído para dentro da Igreja e me tornei Igreja. E, uma vez tendo compreendido que ser de Cristo também me faz Igreja, aprendi que não adianta me esconder e nem olhar para os lados procurando desculpas, pois ainda que ninguém tivesse correspondido de forma satisfatória à grandeza desse chamado, eu teria a obrigação de tentar.
Prezado leitor: O compromisso é o grande diferencial. Aquele que simplesmente se põe a olhar de fora, revela apenas que ainda está de fora. Se este é o seu caso, venha para dentro. Quem sabe Deus não fará de você uma grande diferença?
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!