Por: Pr. Armando Castoldi
Se o homem fosse naturalmente bom, acredito que já teríamos tido o tempo suficiente de prová-lo. O Rei Salomão, que viveu há quase três mil anos, já dizia: “Todas as coisas são canseiras tais, que ninguém as pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem se enchem os ouvidos de ouvir. O que foi é o que há de ser e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê isto é novo? Não! Já foi nos Séculos que se foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que há de vir depois delas” – Eclesiastes 1.8-11.
É lógico que de canoas e carroças criamos os veículos de transportes mais sofisticados; é lógico de dos pombos correios à internet vai uma diferença astronômica, mas exceto a sofisticação dos inventos, as relações e as desigualdades sociais pouco mudaram.
Este é mais um ano eleitoral. Logo o exercício democrático trará de volta o incômodo barulho dos carros de som e, incrível, isso começará a dominar nossas conversas. Os canais de televisão serão invadidos pela propaganda política, a Internet virará uma lambança, a caixa de e-mail ficará abarrotada de mensagens, além das visitas inusitadas batendo à porta das nossas casas. Tudo de novo e nada de novo! Faz parte!!!
Mas refletindo sobre isso, me perguntei: O que ainda de fato poderia mudar o mundo? É lógico que essa pergunta, especialmente para mim, não teria outra resposta. Jesus deixou bem claro que essa seria a vocação dos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra; (...) Vós sois a luz do mundo (...)” – Mateus 5.13-14.
Mas, nos parênteses que coloquei acima, estão também as seguintes advertências: “Ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte”. Então, a Igreja é? Não é? Foi? Deixou de Ser? Ainda será?
Ao pensar nessas questões, não tive como deixar de reconhecer que apesar dos escândalos, dos desvarios, dos focos desvirtuados, somente a Igreja, ainda pode deter o caos que se abate sobre a humanidade. Não falo da Igreja como mera instituição, mas a ação comum daqueles que de fato seguem a Cristo e estão comprometidos em fazer a vontade de Deus. Sei que há uma infinidade de coisas que poderiam ser melhores, mas a Igreja ainda é a maior bênção que o mundo pode usufruir.
E, trazendo esta reflexão para um nível bem concreto, muitos não param para pensar no volume de recursos que são gastos a cada dia com as consequências da desestrutura familiar; com a criminalidade em todas as suas formas; com acidentes de trânsito causados por pessoas alcoolizadas; com as danos à saúde produzidos pelas drogas lícitas, ilícitas e por tantos outros vícios; com as consequências da promiscuidade moral e todos seus males decorrentes, como divórcios, doenças venéreas, abortos, gravidez na adolescência e outros tantos males que nem é possível enumerar.
Ora, a Igreja luta bravamente contra todos esses males e, se eu falar então de questões mais “subjetivas”, como a paz no coração, o sentido da vida, a fé para o dia-a-dia, a esperança de vida eterna e tantos outros benefícios interiores, de fato, como disse o apóstolo João a respeito da obra de Jesus: “Nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” – João 21.25. A Igreja continua escrevendo essa História.
Prezado leitor: Não quero ocultar nem justificar aquilo que está errado, mas o que eu sei, acima de tudo, é que todo fiel seguidor de Jesus irá trabalhar honestamente, cuidará da sua família, viverá com moderação e será um cidadão de bem. Isso, por si só, possui o poder de transformar o mundo. Então: 1º)Se você tem condenado os cristãos, gostaria de convidá-lo a repensar sua posição; 2º)Se você se diz cristão e não vive o Evangelho, eu não gostaria de estar na sua pele; 3º) Se você de fato sonha com um mundo melhor, venha somar nas fileiras dos discípulos de Jesus Cristo.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!