Por: Pr. Armando Castoldi
Já foi o tempo que ser mãe era quase cem por cento sinônimo de mulher casada. Já foi o tempo que mãe era uma conexão disponível vinte e quatro horas por dia. Já foi o tempo que mãe era sinônimo de comida sempre quentinha e lanche na hora certa. Já foi o tempo que mãe era a professora particular sempre pronta para esclarecer qualquer dúvida nos temas de casa. Enfim, já se foram esses bons tempos que ser filho, era gozar desses e de tantos outros privilégios. Os tempos agora são outros, bem outros!
Claro! Mãe é sempre mãe, mas mãe integral é outra coisa. E para aquelas que ainda lutam para cumprir satisfatoriamente seu papel, é necessário um esforço hercúleo para se manterem ligadas, o que na maioria das vezes somente é possível pelo telefone celular. Vamos combinar que a grande maioria das mulheres já está muito longe de colocar a maternidade em primeiro plano. E por mais justificativas que queiramos dar; por mais otimistas que queiramos ser, não temos como deixar de reconhecer que essas mudanças não são boas. Tudo é rápido demais, sem reflexão, como se estivéssemos sendo arrastados por uma onda impossível de resistir. Mas como será o futuro?
É chato falar nestes termos, mas em outros tempos palavras como estábulo, chiqueiro, galinheiro criavam imagens bem claras em nossas mentes, porém hoje, para todas as espécies, temos apenas maternidades, berçários e creches. Que confusão é essa?
Dias atrás, fiquei espantado ao ouvir da boca de um médico obstetra que grande parte das mulheres já sequer suportam uma gravidez até o final. Querem livrar-se do desconforto assim que a criança possa ser “tirada” sem risco. Então, ao se falar de maternidade, tudo está muito diferente, muito estranho, esquisito mesmo. Ter filhos se tornou um desafio que muitos casais sequer querem ouvir falar.
Tudo está sendo nivelado por baixo! Com apenas três filhos, Simone e eu nos sentimos hoje uma família grande. Já à época que os tivemos, muitos ironizavam, sugerindo que não precisávamos cumprir sozinhos a ordem de povoar a Terra. Mais espantados ainda ficavam, quando ouviam que a Simone havia decidido deixar sua profissão para ser esposa, mãe e auxiliadora em tudo aquilo que Deus fosse colocar em nossas mãos. Ora, como algo tão natural passou a soar tão estranho?
Eu não sou contra que a mulher se realize profissionalmente, afinal, “o sol nasce para todos”. Contudo, para as mulheres casadas, a maternidade deveria ser a grande prioridade. Mas casamento é outro assunto complicado nestes estranhos dias!
Assim, com a confusão dos papéis e a negação da maternidade como uma decorrência natural de ser mulher, estamos decretando a morte da humanidade em todos os sentidos. Há estudos científicos prevendo que em poucas décadas o comportamento do ser humano será essencialmente homo e bissexual. A heterossexualidade será coisa do passado. Então tudo perderá o sentido e nossa dignidade será roubada. A humanidade se tornará mera caricatura e os poucos que sobrarem terão como única obsessão simplesmente gastar seus dias numa fútil e depravada busca pelo prazer.
Prezado leitor(a): Sinto muito, mas alguém precisa dizer essas coisas, porque desde o princípio do mundo, o papel de mãe é insubstituível, indelegável, indizivelmente sublime, único. Aqui fora, nós os homens, sempre demos conta do recado. Claro que vocês mulheres também podem fazê-lo, e às vezes até melhor do que nós. Mas a questão é que ninguém poderá ocupar de modo legítimo o vosso lugar. E se vocês ocuparem o nosso, o que iremos fazer? Pensem nisso! Por outro lado, cabe aos homens a responsabilidade maior: O suprimento material, o amor incondicional, a segurança afetiva, a liderança espiritual. Tanta coisa! Mas somente assim e somente juntos, cada um em seu legítimo papel, poderemos sonhar com um futuro digno!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!