Por: Pr. Armando Castoldi
Cada período da história humana é marcado por um espírito, uma maneira de pensar, um modo de agir predominante. O termo grego “archetypon” = “modelo”, “padrão”, transliterado para o português como “arquétipo”, é uma palavra que tem sido utilizada para designar o comportamento predominante de cada época. Desde Platão, passando por Santo Agostinho e chegando ao renomado psicólogo suíço Carl Young (1865-1910) o qual teve grande influência sobre o pensamento contemporâneo, esse tema mereceu grande atenção, pois é de fato intrigante perceber que em determinados momentos da História, pessoas de culturas distantes e distintas começam a pensar e agir de modo muito semelhante.
Filósofos, psicólogos, sociólogos, teólogos poderão discordar a respeito das causas que produzem esse fenômeno, mas não poderão negar o fenômeno em si. Assim, para trazer a questão a um nível mais simples, penso que devemos fazer três perguntas básicas: Esse fenômeno vem do homem? Vem de Deus? Vem do diabo? Ou é uma conjunção de todos esses fatores?
Segundo a Bíblia, desde a queda Deus vem procurando formas de nos atrair de volta para si, porém o pecado abriu tamanho espaço ao Diabo, que sua intervenção no mundo é muito maior do que podemos imaginar. Falando aos cristãos de Éfeso, o apóstolo Paulo descreve assim essa realidade: “Porque a nossa luta não é contra sangue e carne, e sim contra os principados e potestades, contras os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestes” – Efésios 6.12.
Sendo assim, os avanços e os retrocessos na saúde moral da humanidade, se devem antes de tudo ao espaço que os homens têm dado a Deus ou ao Diabo. Alguém poderia perguntar: Mas nós não somos livres para viver fora de ambas as esferas? Não somos autônomos para escolher viver longe de Deus e também do Diabo? Teoricamente, sim, mas na prática, não existe esse lugar intermediário. Jesus mesmo disse: “Quem não é por mim é contra mim e quem comigo não ajunta, espalha” - Mateus 12.30. Alguém perguntará: Mas não podemos escolher não escolher? Sim, podemos, porém ao não escolher, a escolha já terá sido feita. Nós não podemos criar um “deus” alternativo e nem eliminar o Deus verdadeiro! Por isso, quando fechamos o nosso coração para Deus, estamos renunciando ao único antídoto capaz de deter as forças malignas que inevitavelmente atuam sobre o mundo. O espírito Santo age como um cavalheiro, porém o Diabo age como ladrão. (João 10.10)
Então, não é de estranhar que à medida que a humanidade tenta de todas as formas provar que vive melhor sem Deus, um espírito de vulgaridade começa a impregnar todos os redutos da sociedade e pulveriza os valores mais substanciais da vida. A vulgaridade é a arma mais poderosa contra o bem, pois ela consegue de forma sutil e quase silenciosa quebrar todas as resistências da consciência humana. A vulgaridade nivela tudo por baixo. Família, educação, política, arte, religião, economia, nada resiste ao poder destrutivo da vulgaridade. A vulgaridade coloca tudo à venda, negocia tudo, até que o ser humano se transforme num desprezível objeto de consumo, entregando o corpo, a alma e o espírito em troca de qualquer vantagem efêmera.
Prezado leitor: Será que o homem sozinho conseguiria pensar tão baixo? Será que o homem sozinho decidiria conscientemente causar tamanho estrago a si mesmo? É lógico que não! Portanto, se você quer fugir dessa onda que varre o mundo contemporâneo, faça a escolha certa: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele e ele comigo’ – Apocalipse 3.20.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!