Por: Pr. Armando Castoldi
O Evangelho de Mateus, no final do capítulo 20, relata um acontecimento muito lindo. Jesus estivera com seus discípulos na cidade de Jericó, aquela mesma cidade da qual Deus fez ruir as muralhas, quando o povo de Israel iniciou a conquista da Terra de Canaã. Mas, para encurtar a história, transcrevo o texto bíblico: “Saindo eles de Jericó, uma grande multidão o acompanhava. E eis que dois cegos, assentados à beira do caminho, tendo ouvido que Jesus passava, clamaram: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós! Mas a multidão os repreendia para que se calassem; eles, porem, gritavam cada vez mais: Senhor, filho de Davi, tem misericórdia de nós! Então, parando Jesus, chamou-os e perguntou: Que quereis que eu vos faça? Responderam: Senhor, que se nos abram os olhos. Condoído, Jesus tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperaram a vista e o foram seguindo”.
Mal comparando, talvez as festas de passagem de ano tenham algo em comum com o clima que se criava em Jericó naquele dia. Jesus passara por lá, mas já estava indo embora. A euforia estava por terminar e a vida teria que retomar seu curso normal. O fato é que por mais entusiasmados que fiquemos com todo o movimento da passagem de ano e as expectativas que isso pode produzir, todos sabemos que o ano novo não cura enfermidades, não salda dívidas, não restaura relacionamentos, não muda hábitos, não envelhece e nem renova além daquilo que um dia normal o pode fazer, a não ser que.....
Então, para muitos habitantes de Jericó talvez a entrada e a saída de Jesus não tenha significado muito mais do que participar de um evento de massa, um espetáculo que impactou sua cidade e agora estava terminando. Bem diferente, porém, era para aqueles dois cegos. Para eles, não importava se Jesus estava chegando ou saindo. Estando Jesus ali, era a oportunidade que eles precisavam.
Eu não tenho muito espaço aqui, porém quero destacar algumas atitudes que fizeram a grande diferença para aqueles dois cegos: 1º) Eles reconheceram quem era Jesus: Na percepção que os olhos não lhes davam, seus corações compreenderam que Jesus era de fato o Filho de Davi, o salvador que Deus havia prometido. Quem é Jesus para você?; 2º) Eles usaram os recursos que tinham para chamar a atenção de Jesus: Eles eram cegos, mas não eram surdos e nem mudos. Talvez você não tenha todos os recursos, mas você pode buscar a Deus com os recursos que dispõe. Você o tem buscado?; 3º)Eles não deram ouvidos à multidão: Por saberem que Jesus podia fazer algo por eles, não permitiram que a “oposição” frustrasse seus planos. Ouvir a voz do Espírito Santo ou a voz dos incrédulos é uma escolha que você precisa fazer; 4º) Eles foram claros relação àquilo que estavam buscando: Deus não é obrigado a fazer tudo o que desejamos, porém Ele não é insensível às nossas reais necessidades. Se aquilo que você está buscando é lícito e é importante para você, peça!; 5º) Eles seguiram a Jesus: Será que aqueles dois homens seguiram a Jesus por que foram curados ou foram curados por que seguiram a Jesus? Acredito que não temos a resposta a essa pergunta, porém com certeza temos outra resposta: Aqueles cegos, que viviam à beira do caminho, já não queriam mais ver a vida pelos olhos dos outros e nem queriam ver Jesus apenas pelos olhos dos outros. Essa foi a diferença que gerou o milagre.
Prezado leitor: Neste último Natal tivemos em nossa congregação um culto de testemunhos. Ouvimos coisas extraordinárias que Deus tem realizado em nosso meio. Não por mérito nosso, mas por que temos incentivado os irmãos a empreender a sua própria busca e ter suas próprias experiências com Deus. Então, se há um conselho que eu gostaria de lhe deixar neste ano que recém começa é que independentemente das vozes que querem barrar seu caminho, busque a sua própria experiência com Jesus e queira profundamente, com todas as suas forças, ver e vê-lo com os seus próprios olhos.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!