Por: Pr. Armando Castoldi
Tenho notado nos últimos tempos que essa frase ou esse tema tem se tornado cada vez mais popular. Qualquer produção artística, por mais bizarra que seja a sua mensagem, tem como finalidade “transformar a sociedade”. Os partidos políticos, sem exceção, usam o mesmo discurso. A mídia, que no mesmo propósito lança campanhas contra a exploração sexual, a pedofilia e o abuso de crianças, impregna de sensualidade as suas programações. O governo federal, no discurso de “reduzir a violência”, desarma o cidadão de bem e deixa as armas nas mãos dos delinquentes. Ironicamente, tudo é feito com o fim de “transformar a sociedade”. Ora, transformar como? Transformar no quê? Onde estão os critérios? Onde estão as referências? Como poderemos abolir preconceitos, se já não queremos falar em conceitos?
Terminei de ler nesta semana o livro “Teologia do Antigo Testamento”, de Ralph L. Smith, publicado pela editora Vida Nova e, me chamou atenção a abordagem que o autor faz sobre a questão do pecado. Coloco abaixo algumas citações extraídas do referido livro: (Pgs. 264-270)
“Em si, a palavra “pecado”, que parece ter desaparecido, era uma palavra orgulhosa. Era uma palavra forte, ameaçadora e séria. Descrevia um ponto central do plano de vida e do estilo de vida de todo ser humano civilizado. Mas a palavra foi embora. Desapareceu quase totalmente – a palavra e a noção”.
“No Antigo Testamento, o pecado é erro, fracasso, rebelião contra Deus. É desobediência, tolice, infidelidade, ganância, opressão, violência, orgulho,imoralidade. Pecado é fazer coisas erradas, agir mal e mal em si”.
“Além dos termos hebraicos formais e técnicos referentes ao pecado, os profetas hebreus fizeram uso de toda a sua experiência e vocabulário para mostrar a Israel o alcance da sua falta de retidão. Na linguagem da lavadeira, eles estavam imundos e precisavam ser limpos ( Jr. 2.22); na linguagem do médico, estavam desesperadamente doentes e careciam da cura de Deus (Is. 1.5,6); na expressão do pastor, Israel era uma ovelha perdida, que se desgarrara do aprisco ((Jr. 23.3); na linguagem do agricultor, eles eram como trigo cheio de palha, que Deus iria peneirar (Am. 9.9); para o que trabalhava nas minas, eles estavam cheios de impurezas e precisavam ser refinados na fornalha (Ez. 22.18-19); na linguagem do construtor, Israel era uma parede torta (Am.7.8); na linguagem doméstica, eles eram um chão sujo que seria varrido (Is. 14.23); na linguagem do oleiro, eram barro com pedras (Jr. 18.1-4); no jargão do mercado, eles tinham sido vendidos como escravos por causa das suas iniqüidades e transgressões (Is. 50.1).”
“É da natureza do pecado não atingir um alvo; pecado é o natural do que é tortuoso, em comparação com o que é reto; é o natural do que é irregular, em comparação com o que é nivelado; é o natural do que é sujo, em comparação com o que é limpo”.
Prezado leitor: Se queremos reverter o caminho suicida no qual estamos enveredando, precisamos desesperadamente, como indivíduos e como sociedade, rever nossos conceitos e conduta. Precisamos compreender que tudo aquilo que erra o alvo, tudo aquilo que dói, corrói e destrói é pecado sim, e que “O salário do pecado é a morte” – Romanos 3.23. Não é eliminando palavras que iremos mudar os fatos. Uma sociedade somente poderá ser verdadeiramente e positivamente transformada quando individual e coletivamente, dermos as costas ao pecado e retornamos para Deus. Num tempo de alarmante corrupção Deus disse à nação de Israel: “Se o meu povo, que se chama pelo me nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” – 2 Crônicas 7.14. Portanto, ainda há esperança!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!