Por: Pr. Armando Castoldi
Ontem, dia 30.08.2011, recebemos a visita de um jovem casal, com três lindos filhos. Uma família saudável, alegre, transbordando daquilo que a Bíblia define como “o bom perfume de Cristo” - 2 Coríntios 2.15. Na companhia de pessoas assim, o tempo sempre passa rápido demais e, foi por causa dessa sensação que na hora em que se levantavam para sair comentei: -“Felizmente na eternidade sempre teremos a oportunidade de ficar um pouco mais”. Com isso, a conversa foi adiante e ficamos imaginando como será o cumprimento da nossa grande esperança em Cristo.
Infelizmente hoje, mesmo no próprio meio cristão, parece que falar da eternidade já não causa o mesmo impacto. Temos sido contaminados pela filosofia do aqui e do agora e assim e, à medida o cristianismo vai tomando caminhos secundários, perde-se na mesma medida a essência do Evangelho: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3.16.
Ora, por mais que queiramos ignorar os fatos, a morte persiste inexorável em sua colheita. Ela chega sem pedir licença, vem quando quer e como quer. Por mais fortes que nos sintamos, vem o dia quando a vida terrena rejeitará todas propostas. Ali será estabelecida a grande fronteira, onde somente o poder de Deus poderá nos levar além. Como desconsiderar essa realidade? Como não desejar uma saída?
Desde criança, este era o meu grande dilema, porém como resolvê-lo sem o conhecimento de Deus? Muitas vezes eu olhava para as imagens que cultuávamos e só eu sei o quanto desejava ouvir ao menos uma palavra, um aceno, um piscar de olhos ou qualquer coisa enfim que me pudesse dar alguma segurança. Lógico, eu sabia que Deus era mais que isso, mas como encontrá-Lo? Então, me dediquei com mais afinco à religião, desejando sinceramente agradar a Deus, mas ainda assim, como saber se o que eu fazia era suficiente? Lutava bravamente contra o pecado, mas não conseguia cumprir o mandamento que tratava do meu próprio coração: “Não cobiçarás” – Êxodo 20.17. Assim, ao invés da paz, meu senso de indignidade e minha insegurança eram cada vez maiores.
Eu sei que alguém ao ler este testemunho poderá ver em mim um esquizofrênico atormentado pela culpa e pelo medo. Não! Eu apenas estava levando a sério o problema mais crucial da minha vida. Penso que foi esse gancho que atraiu a atenção de Deus, pois quando todo o esforço parecia inútil, Ele me alcançou. O encontro com a Palavra pura e simples, desvendou meus olhos: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” – João 5.24.
Um dia os discípulos também sentiram-se sós, cansados, confusos, perdidos. Seu mestre havia morrido. Mas então, como que do nada, Jesus reaparece dizendo: “São essas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos. Então abriu-se-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos; E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém”. Lucas 24-44-47.
Prezado leitor: Se você leu este texto até aqui, acredito que você possa estar buscando aquilo que eu também um dia busquei. Crendo nisso, gostaria de fazer duas colocações fundamentais: 1º) Não se iluda pensando conhecer a Deus por seu próprio coração. O conhecimento de Deus vem unicamente por Sua Palavra; 2º) Não se iluda confiando apenas numa religião. Somente Jesus poderá lhe dar a vida eterna: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” – João 14.6.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!