“O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao verbo da vida”. (1 João 1:1)
João, Pedro e Tiago foram os discípulos mais próximos de Jesus, contudo João foi o mais íntimo, sendo reconhecido como “o discípulo amado”. Sua personalidade dócil, seu caráter fiel, seu coração afetuoso e sua mente perspicaz lhe proporcionaram uma visão muito mais profunda a respeito da identidade de Jesus. A medida da revelação que recebeu foi também a medida que ele se entregou a Jesus, afinal n’Ele, João encontrou o sentido mais profundo da sua própria existência.
A expressão “verbo” traduzida da palavra grega “logos”, não era um conceito desconhecido para João, pois os filósofos já a utilizavam para definir a razão divina da criação; aquilo que explicava o sentido de tudo. Assim, escrevendo para um mundo fortemente influenciado pela cultura grega, João certamente estava levando em conta a universalidade do Evangelho: Jesus não é somente o Messias de Israel, mas é o salvador do mundo. Num contexto judaico, bastava que Jesus fosse reconhecido como o Messias de Israel, porém num contexto universal e atemporal, Jesus era bem mais do que isso.
Impressionante que a grande busca do ser humano, em todas as épocas que a História nos reporta, é tentar encontrar o sentido da vida; algo que explique de algum modo razoável a razão pela qual estamos aqui. Aliás, este é o nosso grande diferencial do restante da criação: somente o homem tem o poder de fazer essa pergunta. Mas, é também impressionante que não conseguimos nos explicar por nós mesmos. Somos complexos e contraditórios demais e, por mais que queiramos ser otimistas, um olhar frio sobre a realidade concreta, deixará sempre intrigantes perguntas: O mundo é só isso? Nós somos só isso? A vida é só isso?
João também deveria se fazer essas perguntas e com certeza já tinha ouvido, visto, tocado e contemplado muitas coisas, porém nenhuma delas havia respondido às questões que angustiavam a sua alma. No entanto, ao ver, ouvir, tocar e contemplar a Jesus, não somente percebia que estava diante de alguém diferente, mas que ao percebê-lo assim, suas questões cruciais estavam sendo respondidas.
Ora, por mais que queiramos explicar a vida de maneira concreta ou filosófica, não temos em nós mesmos e nem ao nosso redor, algo que possa nos dar uma real esperança, porque o mundo o “mundo dos homens”, está fadado a viver aprisionado nos seus próprios limites humanos. Jesus, no entanto, nos tira desse desespero existencial, fazendo com que na imitação da Sua vida, encontremos a essência da nossa própria identidade e, no poder da Sua morte e ressurreição, encontremos a chave para a eternidade.
Prezado leitor: Não há meias verdades em Deus. Da Sua parte, tudo já está feito, porém aquele que deseja apropriar-se de tão grande salvação, precisará permitir, concretamente, que Jesus seja nele, o Verbo da sua própria vida: “Quando Cristo, que é a nossa vida se manifestar, então, vós também sereis manifestados com Ele em glória” - (Colossenses 3.4).
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!