Para os meus leitores, não é novidade o valor que Simone e eu damos à família. Por isso, uma das coisas que sempre achamos importante, é a construção de uma história consistente, procurando inculcar em nossos filhos um forte senso de identidade e pertencimento. Isso acaba tendo reflexos não somente em nosso modo de vida, mas também naquilo que se tornou a nossa própria casa. Aos olhos de quem nos visita, a estética dos ambientes poderá parecer um tanto desconexa, mas para nós, as coisas que preservamos fazem sentido exatamente por falar da nossa história familiar.
Mas, como tudo na vida possui o outro lado, descobrimos que esse pensamento nos acomodou, impedindo que pudéssemos ver possibilidades de tornar a nossa casa mais bonita e funcional, mesmo preservando a nossa identidade. Então, nos últimos tempos, entre outras coisas que já havíamos percebido, começamos a nos incomodar com o nosso quarto. Várias vezes a Simone já comentara que gostaria de mudar a cama de lugar. Mas, aos meus olhos, a cama estava no lugar certo, no meio de duas tomadas de energia, e com os interruptores de luz, ventilador e abajures, ao alcance da mão. Era apenas para esses detalhes que eu me fixava e assim, sem mudar a posição da cama, ficava difícil imaginar outra possibilidade.
Então, no último sábado à tarde, ao levantar-me da minha “sagrada siesta”, olhei ao redor, e sentindo a mesma sensação de desconforto com o ambiente, chamei a Simone e disse: É hoje! E, começamos então pela mudança mais óbvia: a cama. Como o nosso quarto tem forma retangular, ao mudar a cama, mudou completamente a perspectiva de tudo. Um pequeno armário, o baú, o frigobar e um cabideiro de madeira, agora encontraram o espaço que parecia ter sido feito exatamente para eles. A cama, agora embaixo da janela, ficou bem mais arejada e o quarto pareceu ter dobrado de tamanho. Não compramos nada novo e, no entanto, tudo ficou tão diferente! Claro, os interruptores ficaram um pouco deslocados, mas, nem tudo precisa ser perfeito! De lá para cá, estamos até dormindo melhor, o que é bem compreensível.
Essa experiência me fez refletir que muitas vezes, para não dizer quase sempre, é o nosso olhar que nos trai: ou nos acomodamos indefinidamente com as coisas como estão, simplesmente porque nos acostumamos a vê-las assim, ou então vivemos de aventura em aventura, trocando sempre quase tudo, diante das mínimas insatisfações. Às vezes, poderá ser que não precisaremos mudar quase nada; às vezes poderá ser que precisaremos mudar quase tudo. Porém, as verdadeiras soluções somente virão, se estivermos abertos a um novo olhar!
Prezado leitor: Dias atrás, conversando com uma senhora sobre a realidade do mundo, ela expressou o quanto achava importante a fé, independentemente do que alguém acreditasse. Então argumentei: “Mas se você entende a importância da fé, mesmo que seja em qualquer coisa, porque não considera a possibilidade de acreditar naquilo que realmente é verdade?” Ela ficou impactada e muito agradecida, pois nunca havia olhado a fé por essa perspectiva. Então, eu a desafiei a refletir sobre o lugar de Cristo em sua vida!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!