Comunidade Cristã | Encantado, 21 de novembro de 2024
QUANDO COME UM ELEFANTE
Por: Pr. Armando Castoldi
03/06/2021

 

No inverno de 1996, eu residia em Lajeado, à rua João Abott, defronte ao local onde é hoje o “Parque dos Dick”. Ali se instalou por algum tempo o Circo Stankovich.  À época, o dito circo carregava um verdadeiro zoológico. Então, numa manhã eu fui com os meus filhos para apreciar mais de perto os animais. Conversando com o tratador, ele nos recebeu com muita gentileza, conduzindo-nos às jaulas e abrigos respectivos, interagindo com os animais e respondendo às perguntas que especialmente as crianças lhe faziam. Chegando a vez do elefante, perguntei-lhe: Quanto come um elefante? Ele de pronto respondeu sorrindo: Depende! Ele come o quanto que você lhe dá!

                Não sabemos exatamente qual é o mecanismo que opera a seletividade das memórias em nosso cérebro, mas há coisas às vezes importantes que logo esquecemos e há coisas aparentemente irrelevantes que insistem, mesmo sem uma razão plausível, em retornar à nossa lembrança. Em manhãs frias, como aquelas que temos experimentado nos últimos dias, esse episódio retorna à minha mente. Então desta vez, decidi me utilizar dessa lembrança para ilustrar uma questão que, nos últimos tempos, temos sido obrigados a considerar.

                Todos nós, de uma maneira ou de outra, estamos tentando nos adequar ao mundo que a pandemia do Covid-19 desenhou diante dos nossos olhos. Nossos hábitos, depois de pouco mais de ano, mudaram substancialmente e, a grande lição que forçadamente todos nós estamos aprendendo, é que estamos conseguindo viver com menos: menos liberdade, menos dinheiro, menos passeios, menos esportes, menos reuniões sociais, menos eventos culturais ou espirituais. Praticamente tudo aquilo que nos trazia conforto e gratificação, se tornou menos.

Claro que a minha intenção não é afirmar que devemos viver como aquele elefante de circo, que comia o estritamente necessário, mas me parece oportuno, diante da situação que estamos atravessando, refletir, sim, sobre o tamanho dos nossos apetites. Há uma questão antiga tanto quanto a História humana, mas que em tempos de bonança parece não ter tanta relevância. Ela já estava presente no Jardim do Éden e o diabo a soube explorar muito bem. Em outras palavras, o tentador teria dito: “Eva, eu sei que você está contente aqui, mas pense bem: Você não acha que seria bem mais feliz se pudesse também comer deste saboroso fruto?”.

A questão não é como saciar o apetite de um elefante, mas como saciar os meus e os teus apetites. Há algumas perguntas que precisamos fazer: Estávamos realmente satisfeitos com a liberdade e os recursos que dispúnhamos antes da pandemia?  Será que de fato precisávamos de tudo quanto alegávamos precisar? Será que estaríamos saciados quando possuíssemos todas as coisas das quais estávamos correndo atrás? Os desejos todos que alimentávamos diziam respeito àquilo que realmente nos faria felizes? 

Prezado leitor: Inobstante aos males que essa pandemia tem causado, que ela sirva para nos mostrar o quanto talvez ainda estejamos longe das verdadeiras prioridades: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. (Mateus 6.33)

JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!

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