Há uma relação direta entre a Páscoa celebrada pelos israelitas na saída do Egito e a Páscoa cristã. Na verdade, dentro do plano redentivo de Deus para com a humanidade, uma é consequência da outra. E, foi assim a primeira Páscoa: “Aos dez dias deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos seus pais, um cordeiro para cada família (...) tomarão o sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem (...) desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do Senhor (...) o sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito” (Êxodo 12.1-13).
Então, logo ao amanhecer daquela singular noite, depois da consumação dos juízos de Deus sobre o Egito, com a morte de todos os seus primogênitos, o povo de Israel marchou rumo à Terra de Canaã. Mas, logo eles se depararam com o Mar Vermelho e com os exércitos de Faraó ao seu encalço. E Deus fez se abrir o mar! Depois, já no deserto, veio a sede, a falta de pão e, inobstante os milagres que Deus continuaria fazendo, eles começariam a murmurar e, em seus corações, retrocederem ao Egito, um lugar que já não era mais seu!
O apóstolo Paulo, fazendo exatamente essa relação, nos adverte: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés. Todos eles comeram de um só manjar espiritual e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo. Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto. Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se. E não pratiqueis a imoralidade como alguns deles fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. Não ponhais o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes. Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado. Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Coríntios 10.1-13)
Prezado leitor: O impasse para a nação de Israel, começou na primeira manhã que se seguiu à Páscoa. Agora, de meros expectadores dos milagres de Deus, eles teriam que se tornar protagonistas do próprio destino. E, foi como protagonistas que eles falharam. Ora, assim como a Páscoa no Egito, a conversão, mesmo que imprescindível, é apenas o primeiro ato na trajetória da nossa redenção. Assim, uma vez sabendo que em Cristo marchamos para a posse de todas as promessas de Deus, importará também saber como será o nosso caminhar, DEPOIS DA PÁSCOA!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!