Para além do que os veículos de mídia têm noticiado a respeito da Pandemia, com informações contínuas sobre o alastramento do vírus, há uma sensação que se adensa no ar, um clima que todos somos capazes de captar: há uma mudança profunda acontecendo no mundo, algo tão notável e real que parece pairar junto com o vento, no farfalhar das folhas. Está nos corações de todos e ninguém pode rejeitar a intuição profunda, que emerge de tudo aquilo que temos visto e sentido, de que um novo mundo está se conformando rapidamente, que algo diferente fervilha em denso borbulhar, um caldo que parece ter sido preparado há muito tempo, mas que agora encontrou ocasião de ser aquecido e servido.
Para o profeta Daniel, no período final do Antigo Testamento, Deus dá visões sobre etapas sucessivas de reis e de impérios que ocupariam o cenário dos tempos futuros: após a Babilônia, onde o profeta estava exilado, se levantaria a Pérsia, seguida pelos gregos e culminada por um dragão interpretado como sendo Roma. Noutra visão, interpreta-se Roma como as pernas e os pés de ferro de uma estátua que representa todos os impérios já citados: é aos pés de Roma, em seu estágio final, que desce do Céu a Pedra, destruindo o monumento. Eis nosso Deus, o Cristo, vindo como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19.16). A mensagem de Daniel e de Apocalipse é que Deus é quem controla a História, institui reis e reinos, que destrona monarcas e derruba principados. Só Ele é verdadeiro Senhor, e Rei eterno.
A Bíblia mostra Deus agindo sempre que ocorre uma mudança profunda no mundo. Nosso Senhor foi quem levantou o Dilúvio, também foi Ele que preservou e derrubou o Império Assírio (Jonas 3.10; 2 Crônicas 32.21). Quando Jesus morreu na Cruz, a escuridão dos céus foi notada em Roma e Atenas, e os terremotos chegaram na Bitínia e em Nicéia, conforme diversos registros a respeito do período da Páscoa em 33 d.C. No Apocalipse, nenhum evento mundial ocorrerá sem o aval de Deus.
Com essa pandemia, há mudanças quase sem precedentes em toda a ordem geopolítica, pois o mundo inteiro está se reorganizando e os poderes estão sendo remexidos. A tecnologia já passa a servir como meio oficial de controle e vigilância sobre as populações da Terra e toda a humanidade está se unificando.
Isso pode nos assustar e nos fazer temer, mas devemos ter em mente que nenhuma transformação tão grande pode ocorrer sem que o próprio Deus a esteja permitindo; sem que ela pertença à realização última da vontade divina. Isso nos deve dar esperança, caros leitores, pois podemos ter certeza de que o Senhor atua hoje de maneira especialmente ativa, visando julgar a humanidade e os seus reinos, desfazer os elementos e recriar o Jardim. Portanto, não tema pelo que ocorre no mundo, mas, sim, pela tua alma, já que Cristo logo vem. Quando Ele descer nas nuvens em glória, você subirá junto d’Ele?
Acima de tudo o que está acontecendo, essa é a grande esperança cristã: “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (1 Tessalonicenses 4:17)