Estamos vivendo dias difíceis. Embora experimentando progressos extraordinários na tecnologia, as pessoas estão cada vez mais estranhas. Quando o profeta Jonas foi enviado para apregoar a conversão à cidade de Nínive, há duas declarações de Deus a respeito desse povo. A primeira delas diz: “Veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia chegou até mim” (Jonas 1.1-2). A outra declaração é encontrada bem ao final do livro, quando Jonas entra em crise, supostamente por causa de uma planta que secou, sob a qual ele aguardava a pretensa destruição da cidade. Então Deus lhe diz: “Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu; e não terei eu compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?” (Jonas 3.11).
Duas marcas eram visíveis nos habitantes de Nínive: eles haviam alcançado o ápice da maldade, mas haviam também alcançado o ápice da ignorância. Há uma aparente esperteza naqueles que praticam o mal, porém diabo não poupa ninguém e, muito menos aqueles de quem se utiliza. Dizem que a ignorância é a mãe de todos os pecados e, essa máxima não deixa de ser uma grande verdade, porém eu lhe faria um acréscimo, pois o afastamento de Deus é a origem de toda ignorância e, a ignorância, então, se torna a mãe de todos os pecados.
Provavelmente o leitor já tenha visto ou ouvido falar das novas brincadeiras que tem surgido, especialmente entre os adolescentes. Numa delas chamada de “quebra crânio”, duas pessoas se colocam alinhadas lado a lado e convidam uma terceira que se coloca entre elas, para uma brincadeira surpresa que consiste em contar até três, e pular. Então a vítima pula e enquanto seu corpo está suspenso no ar, os dois lhe passam uma rasteira. O tombo é horrível, pois ela simplesmente despenca de costas, dando com o crânio diretamente no chão. Dois filhos chegaram a fazer essa brincadeira com a própria mãe! Em outra brincadeira, com o mesmo cenário, enquanto a vítima fica de olhos fechados, uma quarta pessoa vem por trás com uma toalha enrolada, e num golpe brusco puxa-lhe os pés, fazendo com que ela literalmente despenque com o rosto no chão.
Dizer o que de uma geração assim? Isso sem contar as drogas, a promiscuidade sexual, a preguiça, o desleixo com o corpo, a irreverência contra as autoridades, a desobediência aos pais. Não é de estranhar, pois, o número de adolescentes e jovens apáticos e deprimidos, buscando alguma forma de se autoflagelar e tirar a própria vida. O que eles são afinal? São maus ou ignorantes? São as duas coisas, pois nesse cenário há uma simbiose fatal, onde a ignorância e a maldade se retroalimentam.
Prezado leitor: Quem não compreende a vida, não pode ser feliz e quem é infeliz, fatalmente destilará de alguma forma a sua ignorância e a sua maldade. Aos olhos de Jonas, Nínive não tinha solução. Eu também às vezes duvido, mas como Jonas, eu só preciso continuar fazendo o meu papel, afinal, o amor de Deus sempre pode nos surpreender!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!