Foi no ano de 1989. Simone e eu éramos recém-casados.  Eu fazia meu estágio pastoral na Igreja de Cristianismo Decidido de Gramado. Era um domingo à tarde, e eu havia ido à Igreja orar e me preparar para o culto da noite. Estava a pé, e o caminho era relativamente longo até chegar em casa.  Era um dia de temperatura amena, e o céu de um azul intenso, fazia um lindo contraste com o verde escuro das árvores. Eu caminhava por uma rua secundária, onde a natureza era de fato exuberante. Então, me sentindo profundamente grato pela vida e pela obra de Jesus por mim, cheio do Espírito santo, compus um cântico.

Hoje, sábado de manhã do dia 25 de janeiro, um dia lindo, muito parecido com aquele, eu estava também na Igreja, aqui em Encantado, aguardando os técnicos consertarem o aparelho de ar condicionado.  Enquanto “matava tempo”, peguei o violão e, começando a  dedilhar foi surgindo espontaneamente aquela cântico,  que pelo passar do tempo, já estava quase esquecido. Em instantes, me vi transportado para aquela realidade, e foi muito, muito bom reviver aquele momento de plenitude. Por isso, achei que valeria à pena compartilhar a letra com meus leitores:

“Ó meu Jesus não consigo entender, por que tanto amor demonstraste por mim;

deixando a glória, a presença do Pai, vieste ao mundo tão frágil assim!

Como homem nasceu, como pobre viveu, condenado morreu numa cruz;

foi moído pelo meu pecado e foi transpassado por amor de mim,

meu Jesus!

Eu hoje olhando a beleza dos montes, a pureza das fontes e o azul do céu,

medito em tua luta subindo o Calvário, e no santuário, rasgando-se o véu.

Cada passo dessa trajetória, traçou a vitória que eu gozo hoje aqui;

Em teus braços me sinto contente e desejo somente ficar junto a ti,

meu Jesus!

Há muitos conceitos a respeito daquilo que significa ser um cristão; há uma amplitude quase infinita de aspectos que fazem parte dessa experiência, porém, Deus é uma pessoa, e tudo começa pela restauração do nosso relacionamento com Ele, através da cruz de Cristo.  Veja bem: Aquele que estava com o Pai, quando criou os céus, as montanhas e as fontes cristalinas, humilhou-se ao ponto de assumir a condição humana e morrer na cruz pelos nossos pecados. É cruel pensar que precisasse ter sido assim, porém quando entendemos que exatamente esse foi o plano, e que Ele o faria acontecer, ainda que ninguém viesse a crer, o nosso coração se enche de gratidão e de júbilo. Então, como que numa simbiose, a alegria do Espírito Santo em nós, por perceber que reconhecemos o amor do Pai e do Filho, se transforma numa alegria sobrenatural também em nosso espírito. Esses momentos de plenitude são tão importantes, pois eles não somente mudam o nosso coração, como também nos proporcionam sublimes vislumbres daquilo que experimentaremos pela eternidade adentro, na presença do Deus.

               Prezado leitor: Entregue-se a esse amor, pois o nosso relacionamento com Deus é tudo o que sobrará desta vida!

JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!