Por: Pr. Armando Castoldi
Tenho uma sobrinha, que já possui uma filha de 14 anos, mas há muito tempo desejava engravidar novamente e não estava conseguindo. Nesta semana, entretanto, nasceu a Flávia. Uma menina linda, saudável, que se traduz no pleno cumprimento de um sonho de seus pais Almiro e Rejane e de sua mana Lívia.
Embora o nascimento de uma criança possa parecer algo corriqueiro, não é tão normal assim na visão daqueles que estão mais próximos. Para estes, a percepção é do milagre e da perpetuação da vida, num contexto que lhes diz respeito. Também para mim e para a Simone, agora como tios-avós, significa que temos um membro a mais na nossa “família maior”. Estamos todos felizes aqui em casa, até por que a nossa Amanda, a caçula, já vai completar 17 anos.
Mas o que me tocou especialmente neste momento complicado que vivemos, é o fato de poder dizer: Nasceu uma menina! Tudo nela já está potencialmente pronto. Dentro do seu pequenino ventre já existe um uterozinho; os ovários já estão lá, com os óvulos todos já contados. Tudo em sua genética está predeterminado para ser uma mulher e assim o será, por que é para isso que cada detalhe da Flavinha foi sendo formado no útero da sua mãe. O milagre da criação foi planejado e executado em cada minúsculo detalhe, como diz o salmista: “Pois Tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda. Que preciosos são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles!” - Salmo 139.13-17.
Na porta do quarto, no Hospital, a mãe colocou um lindo arranjo em tom rosa. Como de costume, ao lado do berço, lá estava o cestinho enfeitado, repleto de delicadas lembrancinhas, que lógico, só as mulheres têm direito, afinal, nasceu uma menina. E assim, logo a Flávia irá crescer, gostará de bonecas, irá brincar de ser mãe, terá seus dengues e medos próprios de uma menina. Depois, à medida que crescer, naturalmente começará a sentir-se atraída de um modo diferente pelos meninos, afinal, ela é uma menina. Assim deverá ser com a Flávia, porque é isso que ela é; é isso que sua família irá afirmar em sua educação; é isso que o Criador projetou para ela.
O mundo sempre foi assim. Contudo, a Flávia nasce num tempo diferente. No mundo que ela vai herdar, assim que começar a frequentar a creche e a escola; assim que começar a assistir programas de televisão; assim que começar a ter acesso à leitura, uma semente maligna de dúvida poderá ser lançada em seu coração. É triste, mas no mundo relativisado que vai emergindo, nem as provas mais incontestáveis serão suficientes para que alguém possa fazer qualquer afirmação. Mas pergunto: Como será viver num mundo onde tudo pode se transformar em qualquer coisa?
Prezado leitor: Se essa tendência não for revertida, logo nossas escolas serão por força de lei obrigadas a fazer da exceção a regra. E, em nome de uma nova moral que está sendo implantada, os pais serão induzidos a não fazer qualquer afirmação acerca da sexualidade dos filhos, até que eles, “por si mesmos”, independentemente daquilo que de fato são, decidam aquilo que haverão de ser. Este é o mundo que está sendo preparado e, portanto, não é difícil saber quem o está preparando. Mas ainda assim, nós estamos felizes, porque confiamos num Deus imutável e por que entre nós enfim, nasceu uma menina! Bem vinda Flávia! Que Deus te abençoe e te guarde!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!