A depressão possui variadas causas, mas via de regra, ela se desencadeia como o estágio final da ansiedade, quando já nos sentindo exauridos física, psicológica e espiritualmente, tudo parece perder o gosto e o sentido. Concretamente, é um estado de esgotamento da nossa “psiquê”, que já não conseguindo mais responder a tantas demandas, simplesmente se nega a reagir, iniciando um processo de autodestruição, onde o cérebro passa a enviar mensagens ao corpo dizendo que está cansado e não irá mais lutar para se proteger. O sentimento que começa emergir é que no lugar onde havia uma razão de viver, um centro ao redor a nossa vida gravitava, agora só resta um oco, um vazio, um nada.
A questão fundamental, então, reside exatamente nesse centro que se desintegra; nesse motivo que se tornou a razão maior das nossas lutas e que o medo de não poder conquistá-lo ou retê-lo, começa gerar uma constante inquietação. Esse centro pode ser a saúde, pode ser um relacionamento, por ser um “status” social que se possui ou se almeja, pode ser a integridade da família, pode ser a condição econômica e uma infinidade de coisas que, diante da instabilidade da vida e da nossa própria fragilidade, se apresenta sempre com a probabilidade de não ser conquistada ou simplesmente perdida. O fato é que quanto mais investimos naquilo que é transitório, mais suscetíveis nos tornaremos a penetrar nesse círculo vicioso da ansiedade.
Jesus, em sua sabedoria inigualável de dizer muito com poucas palavras, afirma: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e dera, com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína” – Mateus 7.24-27.
Ora, num mundo decaído, onde estamos suscetíveis a todas as formas de mal, não temos muitas alternativas: Ou entregamos nossa vida aos cuidados de Deus e confiamos n’Ele, ou teremos que viver a cada dia a insuportável pressão de ter que dar conta de tudo sozinhos. É simples assim! A grande causa da depressão é exatamente a ansiedade por controlar coisas que não estão debaixo do nosso controle.
Prezado leitor: E pensar, que tudo poderia ser tão simples: “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai Celeste as sustenta. Porventura não valeis mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? (...) Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais cuidará de vós, homens de pequena fé?” -Mateus. 7.26-30).
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!