Dias atrás, enquanto aguardava atendimento em uma farmácia, meus olhos foram atraídos por um expositor de florais. Havia ali uma coleção de pequenos frascos, com prescrições para os mais variados males físicos e existenciais, e um deles chamou especialmente minha atenção. A embalagem dizia: “Mudança de vida”. Pensei: Puxa, que coisa fantástica! Como isso deve funcionar? Fiquei imaginando: A pessoa faz os seus pedidos, toma sete gotinhas três vezes ao dia e, em pouco tempo, todos os seus desejos começam a se realizar. De repente me vi rindo sozinho e, para não parecer louco, acabei expressando em voz alta os meus pensamentos.
Minha atitude provocou a atenção dos clientes e alguns risos, mas uma mulher que estava no balcão, decidiu levar um frasco, usando o famoso argumento: “Se não ajuda, pelo menos não deve prejudicar”. Recomendei-lhe que também lesse a Bíblia e buscasse a Deus e então acabamos conversando brevemente sobre as tensões da vida contemporânea e a nossa dependência cada vez maior dos remédios. Mesmo assim, ela se mostrou disposta a apostar na possibilidade. Um dos meus filhos às vezes me recrimina por essa “espontaneidade indiscreta”, mas gosto de fazer isso, pois além proporcionar momentos de descontração, normalmente rende boas conversas.
Mas saí da farmácia refletindo sobre a atitude daquela mulher. Era uma senhora jovem, parecia culta, provavelmente rica, pois seu marido a aguardava defronte a farmácia com um carro de luxo. Quais seriam seus dilemas, ou qual seria seu entendimento da vida para ser atraída por essa espécie de recurso? O fato é que com muito ou com pouco, são raras as pessoas que se sentem realmente satisfeitas com as suas vidas. Por mais que possuam, por mais que conquistem, no fundo há um vazio, uma falta, um tédio, que a grande maioria sonha suprir com alguma solução fácil. Será que essa mulher realmente acredita que aquele produto mudaria sua vida? E se não acontecer, o que me parece lógico, será que ela estaria disposta a seguir o meu conselho?
Jesus foi absolutamente claro quanto à realidade e ao propósito de Sua vinda a este mundo: “O ladrão vem somente para matar, roubar e destruir; eu vim para que tenham vida e vida em abundância” - (João 10.10). Há duas questões a considerar: A primeira é que existe de fato um ladrão que fará tudo para deixar nossa vida incompleta. A segunda, é que Jesus mesmo se propõe a preencher esse vazio, essa falta, esse tédio, tão real e tão facilmente exposto. No entanto, toda mudança tem um custo: A própria mudança! Ou será que alguém acredita que sua vida mudará sem que ele mude a própria vida?
Prezado leitor: Se o seu coração está sedento de mudança, quero lhe dizer que um dia eu também me senti assim e também corri atrás de soluções fáceis. Então conhecendo a Bíblia, entendi que Jesus era a solução que eu tanto precisava, e me rendi a Ele. Hoje, olhando para trás nem posso imaginar outra decisão, porém o custo da mudança, vai muito além de algumas gotinhas mágicas: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” – Mateus 7.13-14.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!