A sabedoria consiste num conjunto de virtudes que possibilitam ao ser humano localizar-se em seu tempo e espaço e, diante das circunstâncias que o envolvem, encontrar os meios mais excelentes para conduzir sua própria vida e trazer respostas satisfatórias às demandas da sociedade. O que distingue a sabedoria é o seu caráter positivo, construtivo, por isso ela nunca pode confundir-se com atributos de inteligência que tendem à desconstrução. A sabedoria envolve bem mais do que conhecimento e inteligência. Apenas a título de ilustração, o malandro pode ser inteligente, esperto, sagaz, mas a própria semântica da palavra lhe dá o devido enquadramento, ou seja: mal + andro (homem) = homem mau. Nessa formulação, caberiam muito mais pessoas do que o adjetivo propriamente define em nossa cultura.As sociedades humanas, desde o ponto onde a História registra, sempre foram regidas por princípios éticos, morais, religiosos que aceitos pela maioria eram tidos por corretos e assim transformados em direito. Os povos mais primitivos possuem seus códigos de lei, que sendo escritos ou não, são conhecidos, aceitos e aplicados às respectivas comunidades. Invariavelmente essas leis são fundamentadas em princípios de sabedoria que perpassaram gerações e se mostraram eficientes em suas realidades. As únicas exceções a essa regra acontecem nos regimes ditatoriais, onde leis arbitrárias são estabelecidas pela força, em favor dos interesses de uma minoria dominante.Segundo dados do último senso do IBGE, possuímos em nosso país sessenta mil casais que vivem num relacionamento homossexual, termo agora atenuado pela expressão “homoafetivo”. Sem precisar entrar no mérito da questão em si, o fato é que esse número representa a ínfima parcela de 0.6 % da população brasileira. Contudo, num país onde tantas demandas de interesse da grande maioria permanecem indefinidamente sem solução, tão logo apresentou-se a oportunidade, o Supremo Tribunal Federal tratou de equiparar a união estável de pessoas do mesmo sexo à entidade familiar. Esclarecendo: Como é formado o Supremo Tribunal Federal? O artigo 101 da Constituição Federal diz textualmente: “O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada”.Ora, a mesma constituição que define as qualificações para escolha dos ministros, também traz a seguinte definição de família: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.” (Artigo 226, parágrafo 3º)Diante disso, faço uma pergunta elementar: Como, homens com tais credenciais puderam, à revelia de um preceito constitucional tão elementar; à revelia de qualquer manifestação do Poder Legislativo; à revelia da opinião popular, tomar uma decisão de tamanhas implicações, seja no âmbito jurídico, seja no âmbito ideológico? Qual a razão de tanta urgência? Faço essa pergunta, porque suas investiduras na posição em que se encontram, passam exatamente pelos conceitos de “sabedoria” e de “reputação”.Prezado leitor: Dentro do contexto estranho que estamos vivendo, que valor possuem as palavras, se nem mesmo aquelas que estão escritas em nossa Carta Magna são respeitadas? As pessoas de bem estão caladas, assustadas, inseguras, pois parece que nada mais significa aquilo que deveria significar. É difícil viver num mundo assim. É difícil projetar um futuro melhor para os nossos filhos, quando vemos que a improbabilidade já se assentou nos lugares mais altos. Mas, independentemente das definições, o mundo sempre haverá de conhecer que certo e errado existem, sim, e que a distância entre uma coisa e outra poderá ser a exata distância entre a ordem e o caos, entre a morte e a vida, entre Céu e Inferno. Ou será que deveríamos ficar calados!?
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal, que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade; põem o amargo por doce, e o doce por amargo" (Isaías 5.20)