No sermão do monte, afirmando aos discípulos a sua identidade e o seu papel, Jesus diz: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” - Mateus 5.13-16.
Mas adiante, quando Jesus já havia sido exaltado ao Céu, o apóstolo Pedro em sua primeira carta às Igrejas gentílicas afirma: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daqueles que vos chamo das trevas para a sua maravilhosa luz” - 1 Pedro 2.9. Cito ainda na mesma direção, as palavras do apóstolo Paulo em sua carta à Igreja dos Filipenses: “Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros do mundo” - Filipenses 2.14-15.
Há hoje um movimento progressista dentro das Igrejas, desejoso de atender aos apelos do mundo e tentando tornar a mensagem cristã mais moderna, mais palatável, mais contextualizada, teologicamente mais flexível, moralmente mais aberta. Uma igreja condescendente com as novas reivindicações da sociedade. Uma Igreja que aceite o divórcio por qualquer motivo, que aprove o aborto, que abrace a ideologia de gênero. Uma Igreja que abra mão da revelação de Deus para andar de mãos dadas com o mundo. Uma Igreja que em nome da paz abdique da exclusividade da revelação bíblica. Uma Igreja que em nome do politicamente correto, fale apenas de amor e não mais da ira divina; que fale apenas do céu, e não mais do inferno; que fale apenas de Deus, e não mais do diabo.
Diante desse quadro de desintegração da fé cristã, não há como deixar de considerar as palavras do apóstolo Paulo a Timóteo: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se a fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” – 2 Timóteo 4.1-5.
Prezado leitor: A voz do povo nunca foi a voz de Deus. A Igreja foi constituída para preservar e iluminar o mundo. Quando ela começar a abdicar do seu papel, assim como um sal insípido e uma luz escondida, perderá completamente a sua relevância. O que acontecerá ao mundo então? Acontecerá exatamente aquilo que nós já estamos começando a ver.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!