Pode parecer redundante afirmar, mas a família é, sim, a base da sociedade humana. Pai e mãe representam a realidade mais tangível, mais imediata, mais elementar de todos os seres humanos. Se na junção dos seus corpos, homem e mulher geram a vida, é na junção das suas vidas que irão gerar os demais elementos necessários para a formação da estrutura mental, emocional, moral, espiritual e social dos seres que trazem ao mundo. Não seria nenhum despropósito, portanto, afirmar que é direito de todo ser humano, já que não nasce por vontade própria, encontrar um ambiente favorável para desenvolver em plenitude, todos os seus potenciais.
Ora, por mais que um homem e uma mulher tenham noção da grandeza daquilo que essa tarefa representa; por mais que tenham consciência do tamanho da responsabilidade de trazer ao mundo um ser que irá ansiar por realização pessoal, pelo sentido da vida, pela busca da felicidade e pela transcendência, eles nunca poderão dar conta sozinhos de todas essas demandas. Outras mãos precisam ser chamadas a fazer parte do projeto: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem. Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta” (Salmo 127.1-5)
Semana que vem iremos comemorar mais um dia das mães. Claro que não há neste mundo missão mais sublime do que a maternidade, contudo, esse não é um projeto para ser cumprida de forma independente. Antes da maternidade, Deus instituiu o matrimônio e a família. Maternidade e paternidade aos olhos de Deus, são uma tarefa única. Assim como pelas limitações das leis físicas nem homens nem mulheres conseguem gerar filhos sozinhos, assim também nunca conseguirão supri-los plenamente, quando falta o outro.
É bem verdade que os tempos mudaram; que a realidade nem sempre é ideal; que há circunstâncias absolutamente legítimas onde mães ou pais precisam assumir sozinhas uma missão que já é difícil a dois. Mas a grande verdade é que ninguém, por mais que se esforce, conseguirá desempenhar plenamente um papel que não é essencialmente seu. Podemos dar muitas desculpas, podemos encontrar muitas justificativas, mas quem é humilde admitirá que suas circunstâncias pessoais não anulam um ideal que é latente em cada coração humano: ter uma família completa!
Prezado leitor: Meu desejo e minha oração é que Deus abençoe a todas as mães, sejam quais forem as suas circunstâncias, afinal, ser mãe dispensa explicações. Contudo, quero trazer à luz essa questão, porque não podemos ignorar que a principal causa das tantas doenças da nossa sociedade está na desestruturação das famílias e que, portanto, é somente na sua restauração, como um projeto a seis mãos, que poderemos sonhar com um futuro melhor para as novas gerações.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!