Antigamente, quando se pretendia dizer que uma esposa mandava no marido, dizia-se que ela o “tratava como um cachorrinho”. Quando se pretendia dizer que uma pessoa tinha uma vida sofrida, dizia-se que ela tinha “uma vida de cachorro”. Nesta semana, numa reportagem veiculada pela RBS-TV, sobre a mudança que especialmente os cães estão trazendo na vida e no orçamento familiar, uma jovem senhora entrevistada, afirmou sem constrangimentos: “Aqui, ele faz o que quer! Ele é o dono da casa”. Resumo: O cachorro tomou o lugar do marido.
Claro, falo isso considerando a concepção há muita perdida que “o homem é o cabeça da mulher” (1 Coríntios 11.3). Mas, quem ainda acredita nisso? E quantos homens de hoje estariam dispostos a assumir o ônus desse compromisso, que bem ao contrário daquilo que injustamente acusam o cristianismo diz: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela Palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a sua esposa a si mesmo se ama” (Efésios 5.25-28).
Mas voltando ao tema, quero dizer que sou absolutamente contra os maus tratos a animais. Quem não deseja cuidá-los, que não os tenha, porque também está escrito: “O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel” (Provérbios 12.10) Sim, isso também está na Bíblia e Deus se importa também com essa questão, porque Ele se importa com tudo aquilo que nos diz respeito. Ele sabe que nós somente iremos experimentar uma verdadeira harmonia, quer diga respeito ao nosso espírito, ao trato do corpo, ao desenvolvimento intelectual, moral, emocional; quer diga respeito ao relacionamento com o nosso semelhante e com o restante da criação, quando estivermos alinhados com a Sua vontade. Ele nos criou, Ele é o nosso dono legítimo, Ele é quem define nossa importância, Ele é quem sabe como funcionamos melhor e é somente na obediência a Ele que encontraremos equilíbrio. Porém quando começamos a negligenciar as ordens estabelecidas, tudo começará a se desajustar, até que um belo dia, o cachorro se torna o dono da casa.
Mas os cães não estão somente tomando o lugar dos maridos, ou das mulheres muitas vezes. O mais preocupante é que eles também estão tomando o lugar dos filhos. Eles já têm seu próprio quarto, plano de saúde, festa de aniversário, álbum de fotos, roupas chiques e levam às vezes até o sobrenome da família, afinal, para muitos, “eles já se tornaram os próprios filhos” . Qual é o resultado disso a longo prazo? É a morte da humanidade! É como bem profetizou Oséias: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Oseias 4.6).
Há uma lógica em todos os fenômenos que envolvem o comportamento humano e é simples identificar a origem dessas aberrações: Nós iremos infalivelmente nos tornar semelhantes àquilo que contemplamos. Se fixamos nossos olhos no alto, se buscamos a Deus, se contemplamos a beleza de Jesus, vamos nos tornar semelhantes a Ele: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Coríntios 3.18). Mas o processo inverso também se dará quando, abandonando a busca de Deus, começamos a contemplar aquilo que está abaixo de nós. O primeiro atributo divino que perdemos nesse processo? A capacidade de pensar como seres que carregam a imagem e semelhança de Deus. A dimensão que isso poderá alcançar? A própria eternidade. Tão sério e tão simples assim!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!