“Mas para vós outros que temeis o me nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria”. (Malaquias 4:2)
Essa figura trazida pelo profeta Malaquias, é uma das imagens mais vívidas que carrego da minha infância: Um bezerro solto, saltando efusivamente de alegria, numa manhã ensolarada de inverno - aquelas manhãs que surgem deslumbrantes depois de dias seguidos de chuva, como temos experimentado nas últimas semanas. Parece que há sensações que somente crianças podem experimentar, mesmo entre “as crianças” dos animais. Por isso, não foi sem motivo que Jesus afirmou com tanta veemência: “Em verdade vos digo, se não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” – Mateus 18:3.
Pois Jesus falou isso, sendo Ele mesmo o cumprimento da palavra profética; sendo Ele mesmo o Sol da Justiça tão esperado; sendo Ele mesmo Aquele que enviaria o poder renovador que iria dissipar as sombras do pecado no coração humano e devolver-lhe uma alegria pura, que consegue entregar-se a uma celebração espontânea, como somente as crianças conseguem fazer. Não é de estranhar, portanto, que a multidão que estava em Jerusalém celebrando a festa de Pentecostes, ficou perplexa e confusa quando os 120 discípulos de Jesus irromperam do cenáculo, cheios do Espírito Santo, causando a impressão que estavam “embriagados” – Atos 2:12-13.
Foi nesse contexto que o apóstolo Pedro, tomou a palavra dizendo: “...Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele e entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retiro por ela. Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que não seja abalado. Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança, porque não deixarás minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção. Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença” – Atos 2:22-28.
Jesus é profeticamente anunciado como o Sol da Justiça, por que há n’Ele uma dimensão de vida oculta aos nossos sentidos naturais, embotados pelo engano do pecado. Dificilmente, no mundo dos “adultos”, iremos encontrar transbordamentos de alegria que não estejam associados à imoralidade, aos vícios, ou alguma forma de devassidão, cujas consequências deixam sempre atrás de si, vazio, dor e destruição. Em Jesus, ao contrário, nós renascemos para a verdadeira vida, para os sentimentos mais nobres e simples, para as emoções mais puras, para uma alegria transbordante, cujo fruto é fruto de justiça.
Prezado leitor: Muitos conceitos errados de fé, têm feito o cristianismo parecer algo penoso, taciturno, como um dia escuro e chuvoso. Ao contrário, o Sol da Justiça nasceu para libertar o nosso coração e nos trazer “vida, e vida em abundância.” (João 10:10b)
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!