UMA CAUSA MAIOR
Por: Pr. Armando Castoldi
01/05/2017
Do dia 29 de março a 12 de abril, empreendi uma longa e ao mesmo tempo rápida experiência missionária na Ásia. Por ter estado num país onde há perseguição religiosa, não posso fornecer detalhes, pelo fato de ter visitado missionários que vivem no local. Infelizmente a perseguição a cristãos tem aumentado drasticamente ao redor do mundo. Fala-se tanto de perseguição e preconceito a determinadas minorias, mas infelizmente a perseguição aos cristãos tem sido sistematicamente ignorada pelas grandes mídias. Uma que outra notícia eventualmente acaba sedo divulgada, mas sem grande destaque.
Isso no entanto, é apenas mais um dos sinais já anunciados: “Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isso é o princípio das dores. Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. (Mateus 24:7-14)
Tendo em vista essa realidade, a maioria das organizações missionárias hoje já não adotam o modelo tradicional de fazer missões, encontrando formas criativas de penetrar nesses países, através de profissionais de todas as áreas, dependendo das demandas de cada país. Os resultados tem sido fantásticos, pois como está escrito, nada irá deter a “Grande Comissão” e o Evangelho será pregado sim, a todas as nações. Mas como testemunhou uma das pessoas com as quais estive, às vezes basta uma informação que vaza, uma denúncia de algum vizinho e a decisão de uma autoridade pode mudar tudo de uma hora para outra.
Ora, o que leva alguém a colocar em risco a própria vida e de seus familiares para pregar o Evangelho a uma nação com a qual não possui qualquer vínculo? Em primeiro lugar, por que quem de fato entrega sua vida a Jesus, já não pertence mais a si mesmo, mas é tomado pelo Espírito Santo para cumprir o propósito de Deus: “O vento sopra para onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”. (João 3:8) Mas em segundo lugar, pessoas fazem isso, desde os primórdios do cristianismo, porque sabem que o seu lar definitivo não é aqui: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória”. (Fp. 3:20-21).
Estive literalmente do outro lado da Terra, com 11 horas de diferença no fuso horário. Ida e volta, foram mais de sessenta horas de viagem. Sentir-se tão longe de casa é uma sensação muito estranha, até por que vivi momentos de tensão. Ao voltar, confesso que nunca havia visto minha casa tão bonita. Contudo, este corpo que hoje possuo, e a casa onde agora habito, por mais apego que eu tenha a eles, não são definitivos. Há algo indizivelmente melhor que me aguarda no futuro; uma herança que não é somente minha, mas de todos quantos recebem a Cristo como Salvador e Senhor. Essa fé é a grande causa, não somente da perseguição, mas da coragem e perseverança daqueles que decidem fazer a vontade de Deus.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!