"FAMÍLIA É TUDO!"
Por: Pr. Armando Castoldi
16/05/2016
“FAMÍLIA É TUDO!”
Essa expressão é tão velha quanto verdadeira. Família é tudo, para o bem ou para o mal. Nada é tão abençoador quanto crescer dentro de uma família bem estruturada e amorosa. Mas em contrapartida, nada pode causar desajustes de personalidade tão grandes e feridas emocionais tão profundas, quanto um lar desajustado: “Melhor é um prato de hortaliças onde há amor do que o boi cevado e, com ele, o ódio;(...) melhor é um bocado de pão seco e tranquilidade do que a casa farta de carnes e contendas” .(Provérbios 15:17, 17:1)
Nós todos sabemos que a crise generalizada que vivenciamos, passa necessariamente pela família. É inútil pensar que poderemos ter cidadãos melhores, sem famílias fortes e equilibradas. A sociedade ocidental, negando os valores que lhe deram origem, está desistindo de si mesma e assinando seu próprio atestado de óbito. Não digo que tudo esteja perdido, mas é urgente que abramos nossos olhos, porque a vida é curta e uma geração perdida, pode significar a perda do próprio futuro.
Entretanto, não se trata apenas de ter ou não uma sociedade melhor. Trata-se também da nossa própria felicidade e da felicidade daqueles que por vínculos inevitáveis, são parte da nossa vida. A família é uma experiência única. Ninguém pode reeditar seu tempo de infância, sua adolescência ou sua juventude. Quase sempre é muito curto o tempo que podemos conviver com nossos pais e irmãos debaixo do mesmo teto.
Assim, como uma família pode ser feliz e funcional? Como podemos passar às novas gerações um legado suficientemente forte para perpetuar essa incomparável benção que está no centro da existência humana? Quero tratar aqui de três princípios fundamentais:
1º) O princípio dos sistemas: Toda a criação funciona em sistemas. O universo é uma cadeia de interdependência. Cada indivíduo, dentro da família, possui o seu lugar e o seu papel. Quando todos fazem sua parte, o sistema funciona, porém quando apenas uma peça decide destoar, todo o sistema sofre e se fragiliza. Uma família precisa dialogar sobre isso, para que cada membro compreenda e assuma a sua responsabilidade dentro do todo.
2º)O princípio das hierarquias: É muito romântico falar de igualdade, mas há situações quando somente a hierarquia pode restabelecer a ordem. Eis a hierarquia que Deus propõe : “Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém ao Senhor. Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura. Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor. Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados”. (Colossenses 3:18-21) Dentro dessa perspectiva, é importante compreender que cada família nuclear possui autonomia hierárquica e é o casal que deverá decidir sobre os limites de interferência dos demais parentes. Havendo equilíbrio e respeito, todos sairão lucrando, porém a inabilidade para lidar com essa questão, torna a família disfuncional e é atualmente uma das principais causas de divórcio.
3º) O princípio do amor: O amor pressupõe inteligência, mas hoje temos sido enganados pelo emotivismo, onde tudo se justifica pelo sentimento. Isso tem criado uma excessiva sensibilidade, um “amor burro”, onde já não há mais lugar para a disciplina e para a correção. Dentro de um sistema que se retroalimenta, o emotivismo é o caminho inevitável para o caos. O verdadeiro amor, aquele que constrói e edifica, alimentará a afetividade, mas também estará comprometido com verdade e com o aperfeiçoamento mútuo, para que no final do processo todos estejam melhores.
Prezado leitor: Dentro do seu sistema familiar, há um lugar e um papel que é somente seu. Diante desse fato, não há muitas opções: Ou você ajunta ou você espalha! E, se as coisas não estão bem, considere que a mudança pode começar por você. Lembre também que Deus é o principal aliado daqueles que lutam pela família!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!