A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DOS PAIS
Por: Pr. Armando Castoldi
16/05/2016
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO PAI
Não precisamos citar estatísticas, nem recorrer a alguma autoridade sobre o assunto para saber que a família é essencial ao ser humano. Nós fomos criados para viver em família. Nesse sentido, também não seria necessário falar de Deus ou de Bíblia. Nós temos essa necessidade e pronto. Independentemente de convicções religiosas, somos assim. A nossa identidade, a nossa saúde emocional, a nossa aptidão para os relacionamentos, o nosso caráter, tudo isso e muitíssimas outras coisas que acabam facilitando ou dificultando nossa vida, passam necessariamente pela família.
Basta ouvir as notícias, basta ler os jornais, basta ouvir algumas histórias de pessoas que entraram no mundo das drogas, da promiscuidade sexual, da delinquência. Ou basta ouvir as histórias de tantos outros, que mesmo não caindo nessas armadilhas, se tornaram pessoas mal resolvidas, tristes, amarguradas, por que nunca puderam experimentar a bênção de um lar harmonioso e feliz, onde pai e mãe exerceram plenamente seus respectivos papéis.
Sabemos que o papel da mãe é essencial, mas a grande realidade é que são os problemas relacionados ao pai que normalmente deixam as dores mais profundas no coração dos filhos. Quase sempre por trás de uma personalidade doentia, encontramos uma história triste em relação ao Pai. Ausência, omissão, desinteresse, alcoolismo, violência, frieza afetiva, deixam marcas profundas tanto nos meninos quanto nas meninas.
E quando isso acontece, duas reações básicas são inevitáveis: sentimento de rejeição ou revolta. O sentimento de rejeição normalmente afeta as crianças de personalidade mais tímida. Então diante das experiências que as ferem irão tentar defender-se de alguma forma e na maioria das vezes, essas defesas se traduzem em bloqueios, culpas, complexos de inferioridade, depressão e muitas outros distúrbios interiores, que levam à obesidade, anorexia, timidez excessiva, resistências em relação à figura masculina. Na adolescência provavelmente sofrerão de solidão, apatia, medo, desinteresse pela vida e buscarão compensar suas carências na comida, nos jogos eletrônicos, nas drogas ou desvios em relação ao sexo.
Já a revolta, por ser normalmente a reação natural de uma personalidade mais forte, acabará quase sempre no confronto, no desligamento afetivo, no espírito de independência, na agressividade e na delinquência. A lista evidentemente não é exaustiva, mas os fatos demonstram que as coisas vão quase sempre nessa direção.
Infelizmente e, digo sem medo de errar, por desconhecimento ou desobediência à Palavra de Deus, nossa cultura religiosa não tem preparado o homem para exercer plenamente seu papel, delegando quase sempre à mulher a condição de liderança espiritual da família. O resultado? Um triste rastro de orfandade paterna, com suas tantas dores consequentes. São poucos os adultos da nossa cultura, sejam homens ou mulheres, que não carregam dores de sua relação com o pai.
Ora, foi no vácuo dessa distorção que um movimento indizivelmente mais pernicioso encontrou espaço para se levantar, negando agora não somente as diferenças obvias entre o papel do pai e da mãe, mas a própria natureza essencial do homem e da mulher.
Prezado leitor: Parafraseando o profeta Jeremias, fica a pergunta: “Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?” – Jeremias 5.31.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!