O SINAL DE JONAS
Por: Pr. Armando Castoldi
25/02/2016
“Aproximando-se os fariseus e os saduceus tentando-o pediram-lhe que lhes mostrasse um sinal vindo do céu. Ele, porém, lhes respondeu: Chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado; e pela manhã: Hoje, haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Sabeis na verdade, discernir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos? Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas. E, deixando-os retirou-se”. (Mateus 16:1-4)
Fariseus e saduceus eram os dois principais grupos religiosos em Israel à época do ministério terreno de Jesus. Viviam se digladiando entre si, porém diante de uma ameaça comum, deixaram suas diferenças para juntar forças contra o inimigo. É claro que ainda que Jesus houvesse cedido à provocação, eles não iriam crer, pois seus motivos não eram sinceros. Jesus percebe claramente que eles na verdade não estavam buscando uma razão para crer e sim uma razão para não crer.
Mas o que é necessário para que alguém venha crer em Jesus? Na minha experiência pessoal, há tantos anos lidando com essa questão, tenho cada vez mais presente o velho ditado popular: “O maior cego é aquele que não quer ver”. Assim, a fé tem muito mais a ver com o nível de interesse do que com qualquer outro fator, seja externo ou interno. Para quem está morrendo de fome, uma migalha de pão se transforma num banquete e, para quem se sente saciado, nem o mais apetitoso prato despertará atenção.
Há várias razões pelas quais as pessoas podem buscar a Deus: A crise normalmente é o fator mais determinante, mas se não houver uma fome mais profunda, a fé irá embora assim que a crise passar; os milagres podem atrair muitas pessoas, porém por mais extraordinários que venham a ser, nunca serão suficientes para fazer alguém entrar pela “porta estreita” e perseverar no “apertado caminho” da fé; a busca de uma resposta racional é outro fator inevitavelmente presente, porque a fé também é uma resposta racional, porém a razão por si só não sustenta uma vida de fidelidade a Deus.
O apóstolo Paulo, do alto de sua credencial de homem de grande saber e inquestionável poder, afirma: “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado: escândalo para os judeus, loucura para os gentios”. (1 Coríntios 1:22-23)
Quem segue a Jesus, vencerá crises, provará milagres, crescerá em conhecimento, porém acima de tudo, haverá algo no seu coração muito maior que tudo isso, por que mesmo seguindo a Jesus, haverá novas crises, e muitos milagres esperados não acontecerão, e muitas coisas fugirão à sua compreensão. Mesmo assim ele prosseguirá, pois a fé, já não exigirá que tudo esteja bem; a fé, já não pedirá um sinal vindo do céu; a fé, já não precisará de explicação.
Prezado leitor: A verdade é que ninguém entra pelo caminho da fé, nem persevera nele, se não discernir o sinal de Jonas, por que num mundo corrompido pelo pecado, a verdadeira vida somente pode brotar sobre aquilo que já passou pela morte.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!