RESSURREIÇÃO Há muitas coisas difíceis de entender mas nem por isso podemos afirmar que elas não existem. Na verdade, pouco sabemos a respeito de tudo! A ciência já conseguiu decifrar como algumas coisas são ou funcionam, mas ainda não provou o milagre da vida, nem tampouco a sua origem. O universo é tão complexo e os conhecimentos são tão inesgotáveis que em qualquer área que queiramos penetrar, vamos encontrar mais mistérios que respostas. E, por mais cética que tenha se tornado a presente geração, a vida continua imersa num imensurável oceano de milagres. Assim, dentro desse universo de fenômenos está a alma humana, com todas as suas complexidades e perplexidades. E nela, quer admitamos ou não, a vida eterna é o maior dos anseios. Toda indiferença, toda obsessão pelas coisas materiais, toda vaidade que nos possui, no fundo nada mais é do que um grito desesperado diante inevitabilidade da morte. Porém, muito mais do que a vida eterna em si, somos desesperadamente apegados à nossa identidade. Não é somente o fato de que não queremos morrer, mas que não queremos perder a noção de quem somos. Ninguém aceita simplesmente deixar de existir, desaparecer, cair no esquecimento; ninguém que encare com honestidade os seus desejos mais profundos, se conformará em simplesmente retornar aos elementos da natureza ou fundir-se em um espírito cósmico, onde todos os grãos de areia serão iguais e onde não haverá diferença entre uma flor e outra flor. Que consolo tal esperança poderia trazer a quem já pôde definir-se com um nome próprio? E que sentido haveria passar a eternidade ao lado das pessoas que amamos neste mundo, como uma pedra ao lado de outra pedra? Assim, somente uma esperança soa realmente lógica: A ressurreição! Podemos não entende-la direito, podemos dizer que ela é cientificamente improvável ou impossível, no entanto, é a única resposta que traz paz e segurança ao nosso desesperado coração. Alguém ainda poderia argumentar que seria um risco, uma insanidade, uma ingenuidade entregar-se a uma esperança que não pode ser comprovada. Bem, isso me faz lembrar de um episódio bíblico, também gerado diante de algumas declarações difíceis de assimilar: “À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna; e nós temos crido é conhecido que tu és o santo de Deus”. (João 6:66-69) Prezado leitor: Não é loucura crer na ressurreição! Ao contrário, é a única forma de ser coerente diante do inegável conflito entre aquilo que somos, olhando para a nossa corrupção, e aquilo que realmente desejamos, olhando para o mais profundo do nosso coração. Mas acima de tudo, não é loucura, nem incoerência crer na ressurreição, quando Aquele que a prometeu, deixou o túmulo vazio! JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!