HOMEM, ONDE ESTÁS?
Por: Pr. Armando Castoldi
09/11/2015
Quem é você, além dos dados que estão em sua Carteira de Identidade? Você conseguiria definir-se em uma única palavra? Há um centro sobre o qual gravitam todas as demais coisas em sua vida? Qual é o seu caminho, sua missão?
Pela simples constatação de que podemos responder afirmativamente a essas perguntas, pesa sobre cada um de nós uma grande responsabilidade. O discernimento entre o bem e o mal e a capacidade para praticar tanto um quanto o outro, colocam sobre cada ser humano um inalienável dever moral de decidir sobre o seu destino.
Embora modernamente a psicologia tenha trazido luz sobre as tantas causas que poderiam eventualmente diminuir nossa capacidade de escolha, chega um momento na vida que precisamos decidir aquilo que vamos fazer com as nossas circunstâncias. É claro que pessoas muito machucadas emocionalmente terão mais dificuldades reagir positivamente, porém, enquanto no uso de suas faculdades mentais, é o doente que deve buscar a cura.
Entretanto, nossa sociedade hoje tem sido enganado por uma estranha ética que ataca a essência da nossa humanidade, roubando-nos a capacidade de agradecer pela vida e anulando o senso de necessidade de assumirmos as rédeas do nosso próprio destino. Essa ética sempre encontra alguém a quem atribuir a culpa: Alguém é culpado pela cor da minha pele, alguém é culpado pela minha condição social, alguém é culpado pela minha condição sexual, alguém é culpado enfim, se alguma coisa, seja ela qual for, não estiver no lugar que eu gostaria que estivesse.
Não é de admirar que esse pensamento esteja produzindo uma sociedade de indivíduos cada vez mais vazios e insatisfeitos. Negando-se a responder aos “sins e aos nãos” que vida impõe, vagam numa penumbra existencial, sem um destino claro, sem firmeza de caráter, sem ideias próprias, sem autoestima, sem fé, sem disciplina, sem princípios morais, como se o mundo não tivesse critérios. É uma multidão que segue dispersa como folhas secas ao vento, desconectadas do seu passado, irresponsáveis quanto ao seu presente e indiferentes a qualquer perspectiva de futuro.
O espantoso aumento do uso de drogas, a promiscuidade sexual, a desestruturação das famílias, o crescimento assustador da violência e da crueldade, o surto de doenças psicológicas, a banalização do corpo, a apatia pela vida, a obsessão pelo prazer imediato, a insensibilidade com a dor alheia, a aversão ao sagrado, a transferência de culpa, não sinais inequívocos que estamos perdendo a capacidade de lidar com nossa própria humanidade.
Toda fuga de si mesmo não é somente suicida, mas é também homicida, pois num mundo onde as pessoas fogem de si mesmas, logo também terão que fugir umas das outras. Ora, ninguém pode viver isento de responsabilidades e o primeiro dever de um ser humano é lidar consigo mesmo, aceitar sua condição, assumir suas fraquezas, tratar seus defeitos, resistir ao mal, disciplinar-se para o bem, buscar a Deus, ser útil ao seu próximo, dar enfim um propósito digno à sua vida. Mas por que questões tão elementares, começam a parecer tão distantes?
Prezado leitor: Diante da impossibilidade de negar o próprio pecado, nossos primeiros pais também se esconderam e também tentaram transferir suas culpas. Foi o caminho que lhes pareceu mais fácil. É o caminho que sempre parece mais fácil! Mas uma poderosa voz invadiu seu esconderijo: “Adão [homem]onde estás?”. E eles tiveram uma nova chance! Mas quem não precisaria de uma nova chance? Mas quem não precisaria dar ouvidos a essa mesma voz? “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência”. (Deuteronômio 30:19).
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!