PILARES DA HUMANIDADE
Por: Pr. Armando Castoldi
17/07/2015
Se não houvesse Deus, o homem poderia ser o que bem entendesse? É importante que se faça essa pergunta, pois aos olhos de muitos “sábios da nossa época” isso seria, sim, uma possibilidade. Aliás, é exatamente por causa dessa pressuposição que os valores do cristianismo são hoje tão contestados, como se fossem eles o grande entrave para o progresso da humanidade; como se todos os freios morais que o ser humano se impôs até aqui, não passassem de meros tabus religiosos.
Vamos então imaginar que nossa história houvesse começado hoje. De repente, do nada, nos veríamos todos no mesmo lugar, com o mundo a nossa frente. Sem a mínima noção da nossa origem, sem qualquer conhecimento previamente adquirido, sem nenhuma revelação sobrenatural, sem a noção de quaisquer laços afetivos preexistentes, sem qualquer noção de vínculos familiares, sem qualquer direito de posse sobre o que quer que seja, o que faríamos? Será que nos tornaríamos algo muito diferente daquilo que somos hoje?
Me parece que num primeiro momento, tentaríamos nos comunicar e, se não houvesse já de saída uma guerra, surgiriam as primeiras afinidades, começaríamos uma primeira assembleia, onde provavelmente já se levantaria alguma forma de liderança, haveria alguma critério para definir a propriedade e uso da terra, aconteceriam os primeiros casamentos, construiríamos nossas primeiras casas, começaríamos enfim nossas primeiras comunidades.
Daí prá frente, nem precisamos dar asas à imaginação. Certamente nossa história não seria muito diferente daquilo que foi até aqui, pois apesar da variedade tão grande de culturas que há no mundo, mesmo estando completamente desconectadas umas das outras, as diferenças entre elas são quase insignificantes. Em todas elas encontramos uma forma de governo, leis, princípios morais, religião, família, expressões culturais, estratégias de defesa, expressões artísticas, métodos de ensino, técnicas de produção e uma série de outros tantos acordos sociais e empreendimentos que tornam possível a preservação da vida e da ordem. Esse é o arcabouço padrão de todas as civilizações.
Mas qual é o rumo que a humanidade está tomando? Me parece que por havermos aprendido a superar praticamente tudo, criou-se uma ilusão que já podemos reinventar a própria vida. A sociedade contemporânea, apesar de nunca ter tido acesso a tantas informações, parece ter sido acometida de uma amnésia coletiva que apagou todas as lembranças do caminho que precisou trilhar para chegar até aqui. Parece que propositalmente decidimos esquecer o tempo e o custo de cada uma dessas conquistas, questionando a validade das mesmas, como se fossem fruto de meros caprichos ou até mesmo da ignorância dos nossos antepassados.
Assim, num tempo em que poderíamos juntar todo esse conhecimento e cumprir finalmente o propósito pelo qual fomos criados, estamos fazendo exatamente o contrário: Como filhos ingratos, estamos renegando nossa própria condição e dilapidando irresponsavelmente as incontáveis riquezas com as quais fomos agraciados.
Dessa nova perspectiva, as leis, a moralidade, a religião, o ensino, as artes, o uso dos recursos naturais, as instituições todas, entre elas a própria família, não necessitam mais possuir qualquer sentido lógico ou qualquer valor intrínseco. Ora, não faz o mínimo sentido que, adotando tal postura diante da vida, ainda queiramos sonhar com alguma ordem ou alguma coisa boa acontecendo ao nosso redor.
Prezado leitor: Há dois pilares que sustentam a nossa integridade interior e a harmonia social: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Lucas 10.27). Removê-los, significará fazer ruir nossa própria humanidade.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!