É desnecessário argumentar que a família está no centro do projeto de Deus para a humanidade. Todas as civilizações compreendem sua sacralidade e a conceberam em sua formação natural: Homem, mulher e filhos. Mesmo a poligamia, praticada por muitos povos, dentre eles o próprio povo hebreu, não alterou a essência da sua configuração. A partir dessa célula básica a humanidade aprendeu a fundamentar as suas sociedades. Todas as civilizações tomaram o cuidado de guardar dentro das suas estruturas esse espaço de autonomia e liberdade, onde homem e mulher concebiam e criavam sua prole. Foi ali nesse lugar sagrado, que todo ser humano recebeu os primeiros afetos e formou as bases elementares do seu caráter. A Igreja, porém, em muito maior medida, tratou de zelar por ela: “Digno de honra entre todos, seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; por que Deus julgará os impuros e os adúlteros”. (Hebreus. 13.4) Entretanto, terá a família cristã forças para subsistir ao relativismo contemporâneo? Biblicamente, não há muito que se possa negociar: A clara definição e preservação dos papéis do homem e mulher, a pureza sexual, a fidelidade, o chamado à paternidade, a indissolubilidade do casamento, o legado espiritual e tantos outros aspectos que lhe são intrínsecos, não poderão se perder sem que ela mesma perca a própria essência. Ora, todos esses valores somente podem ser perpetuados se a Igreja ocupar-se em preparar as novas gerações para fazer frente a todo esse contexto desfavorável que se desenha. De fato, não podemos esperar que essa reação venha de outro modo ou lugar, pois a sociedade de consumo incentiva a busca de uma vida hedonista, pautada pelo prazer, pela estética e pelo egocentrismo. Não bastasse isso, as novas leis que estão sendo promulgadas, e isso é um fenômeno global, visam intencionalmente o enfraquecimento das estruturas sociais e o fortalecimento dos direitos individuais. O politicamente correto há muito já assumiu o lugar da verdade e o emotivismo tomou o lugar dos sentimentos verdadeiros. Ora, desprovidos da própria segurança dos afetos, acuados por tantas forças contrárias; intimidados pelas sombrias perspectivas políticas, econômicas, ecológicas; enfraquecidos pela inabilidade de se relacionar, pela incapacidade de sofrer, pelo medo das tantas ameaças que assombram o futuro, que incentivo possui jovem casal para ter filhos ou um jovem solteiro para investir sacrificialmente sua vida num relacionamento conjugal e na paternidade? É mais cômodo para um casal desfrutar sua relação, enquanto dure o amor; é mais cômodo para o jovem ao invés de casar, simplesmente encontrar um parceiro sexual e elevá-lo para a casa dos pais; é mais atraente para todos simplesmente curtir a vida, viver o presente, pois o futuro além de incerto terminará com o fim da existência terrena. No fundo, nada vale à pena a não ser aquilo que se pode tocar e usufruir no momento presente. Não há verdades a serem seguidas, senão o próprio coração. Essa é a essência do relativismo e essa é a essência da sociedade contemporânea. Mas será essa a essência da verdadeira vida? Será essa a essência do cristianismo? Prezado leitor: O desafio de fazer frente a essa tendência suicida, não é tarefa para fracos. Mas que glória há em nadar a favor da correnteza? Pois então, que se levantem os homens e mulheres de verdade; que se levantem os cristãos verdadeiros e assumam seu posto, pois mais do que nunca me parece que a própria vida nos pede uma resposta: “Pelo que se diz: “Desperta ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará”. (Efésios 5.14) JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!