RELACIONAMENTOS
Por: Pr. Armando Castoldi
21/02/2015
Coincidindo com o período de carnaval, realizamos mais uma vez nosso retiro anual, em meu sítio, o “Paiol”. Desde o início, temos procurado manter o mínimo de programação possível, para que nesse tempo, possamos desenvolver um convívio mais intenso uns com os outros. A ideia é simplesmente estar juntos e deixar as coisas fluírem “naturalmente”. Tudo começa alguns dias antes, com os mutirões que são feitos para a preparação do local. Aos poucos tudo vai ficando limpo, caprichosamente decorado, barracas vão sendo montadas e antes mesmo do início oficial do evento, já podemos experimentar um clima de grande animação. Ao longo dos dias, podemos apreciar cenas raras, onde as diferenças de idades parecem não existir. Uns fazem trilhas pela mata, outros sentam simplesmente para conversar, outros se reúnem em grupos para cantar, orar, brincar ou praticar algum esporte, porém tudo sem qualquer espírito de competição, para criar um ambiente de família, onde todos podem participar de tudo.
Pelas manhãs temos um tempo devocional juntos e a cada noite uma vibrante celebração, com louvor, testemunhos e pregação da Palavra de Deus. Neste ano, como a ênfase dos retiros na verdade sempre foi essa, decidi falar sobre relacionamentos. À medida que ia preparando as mensagens fui sendo profundamente impactado ao perceber a importância que a Bíblia dá ao assunto. Na verdade, relacionamento é o tema central da Bíblia. Senão vejamos: Um Deus relacional, Pai, Filho e Espírito Santo, após criar o mundo imaterial e material, coroa Sua obra com um ser à Sua imagem e semelhança. Esse ser, mesmo tendo um relacionamento com o Criador, está sozinho na sua dimensão existencial. Então intencionalmente Deus coloca sobre ele a responsabilidade de dar nome aos animais, proporcionando-lhe assim uma observação suficientemente minuciosa para se perceber só. Por isso, o entusiasmo de Adão ao receber Eva tinha como razão não somente o fato de haver encontrado uma parceira sexual, mas um ser igual, com quem poderia compartilhar em plenitude a sua vida: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne”. (Gênesis 2.21)
Quando o pecado invadiu a história humana, o homem foi ferido exatamente na sua grande necessidade. Adão e Eva não somente foram banidos da presença de Deus, mas saíram do jardim num clima de mutua acusação. O resultado disso não tardou a se manifestar, selando a história dos seus dois primeiros filhos com um assassinato. E o que é a Bíblia desde então? Um livro onde insistentemente Deus busca o homem para restituir-lhe aquilo que o pecado lhe roubou. É de fato impressionante essa constatação, mas a Antiga Aliança trata de um único tema, o qual, na Sua incomparável sabedoria, Jesus resumiu assim: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. (Mateus 22.37-40).
Partindo dessa necessidade, Jesus coloca-se a si mesmo como o elo que tornará possível a restauração dessas duas dimensões dos nossos relacionamentos. Esta é a mensagem central do Novo Testamento! Ora, estou compartilhando isso, da forma mais resumida possível, porque o espírito deste tempo, chamado de pós-modernidade, procura destruir na essência a única razão pela qual Deus permite que o ser humano ainda esteja aqui: “E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém que perseverar até o fim, esse será salvo”. (Mateus 24.12).
Prezado leitor: Como está o seu relacionamento com Deus? Como estão os seus relacionamentos no nível humano? Entenda que da resposta a essas duas questões depende não somente a sua felicidade terrena, como também o seu destino eterno.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!