A pós-modernidade é entendida como a filosofia prevalente na sociedade atual, que tenta se desprender de todos os conceitos anteriormente estabelecidos. Com os tantos desacertos do sistema capitalista o mundo ocidental busca novas respostas, contudo, tem cometido o erro de “jogar fora a água suja da banheira com a criança junto”. É claro que muita coisa está errada no modelo de sociedade que construímos: O acirramento da competição econômica, o consumismo desenfreado, a degradação do meio ambiente, as gritantes desigualdades sociais, as duas grandes guerras. Mas foi também nesse período que conquistamos os grandes avanços tecnológicos e humanitários que nos proporcionam hoje uma qualidade de vida sequer imaginável há algumas gerações. Toda mudança gera tensões e no meio delas, está o “homem humano”. Somos o sujeito, mas também somos objeto das mudanças que provocamos. Colhemos o fruto daquilo que construímos, mas na contrapartida, sofremos as consequências daquilo que destruímos. Assim, quase todas as ações humanas acabam se tornando ambíguas, pois elas carregam inevitavelmente a imagem daquilo que somos. O bem e o mal do nosso coração sempre saltam para fora e se incorporam àquilo que fazemos. Nessa jornada, o próprio instinto de sobrevivência nos induz de tempos em tempos a uma reavaliação dos nossos caminhos. Entretanto, uma avaliação equivocada da realidade pode nos levar a fazer escolhas ainda mais destrutivas. Ora, o olhar da pós-modernidade não se fixou no todo da questão, mas elegeu alguns temas específicos contra os quais decidiu disparar sua artilharia. Um desses alvos são os valores judaico-cristãos. Do ponto de vista dos formadores de opinião da pós-modernidade, o cristianismo é o grande vilão dos nossos desajustes, por que afinal, o cristianismo é uma religião de absolutos e os absolutos só criam radicalismos, divisões, desigualdades e preconceitos. Abaixo então os absolutos, porque todo absoluto é uma ameaça. Será? Vou usar uma comparação simples, para me fazer entender: Suponha dois andares. No andar de cima estão os absolutos; no andar debaixo, os relativos. Pois bem: Agora retire os absolutos do andar de cima. Num primeiro momento o espaço parece ficar vazio, mas assim que você olhar segunda vez, verá que os relativos já saltaram para cima. O que aconteceu? Simples: Os relativos se tornaram absolutos e passaram ser as novas referências. Para onde eles nos levarão? Isso já não importa. Importa é que você curta a viagem. Ao final, você chegará em algum lugar! Na prática, é como trafegar por uma estrada onde cada placa indicativa tenha setas apontando para todas as direções. Os defensores da pós-modernidade dirão: Não é legal pensar que seu Deus pode ser a sua própria consciência? Não é legal pensar que todo tipo de “amor” vale à pena? Não é legal pensar que nenhum compromisso precisa ser eterno? Não é legal pensar que uma criança sem qualquer repressão será um adulto mais feliz? Não é legal pensar que se você tratar bem um delinquente ele sempre irá se regenerar? Sim! É muito legal pensar assim. A questão é saber se funciona. John Lennon disseminou esse devaneio através da música “Imagine”. Por que não funcionou? Simples: “Há caminhos que parecem retos ao homem, mas afinal são caminhos de morte” – Provérbios 16.25. Prezado leitor: Não se iluda acreditando que os pregadores da pós-modernidade tenham de fato conseguido mudar alguma coisa. O pecado continuará agindo com toda sua força e, como erva daninha, jamais irá deter-se por si mesmo. Por outro lado, Deus continuará sendo a essência do bem e jamais negociará sua justiça fora dos limites que Ele mesmo estabeleceu. Observando essas placas, sem romantismos, você não errará o caminho: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” – Romanos 6.23. JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!