Todo ser humano possui invariavelmente três necessidades: ser admirado, ser respeitado, ser amado. Todos nós ansiamos desesperadamente por isso. Podemos ter todas as coisas do mundo, mas precisamos que alguém nos veja e nos perceba; precisamos que alguém diga algo de bom a nosso respeito; precisamos que alguém nos aceite e nos ame como somos. Essa realidade não revela necessariamente que somos egoístas, autocentrados ou desequilibrados emocionalmente. Não! Nós de fato precisamos disso; somos naturalmente carentes, porque nascemos para compartilhar a vida com nossos semelhantes. Uma criança pode ter todos os brinquedos do mundo, mas ela será uma criança triste se não tiver com quem brincar; uma criança pode possuir uma inteligência extraordinária, no entanto, essa inteligência irá definhar aos poucos se ela não tiver alguém que elogie aquilo que faz. Definitivamente, não nascemos para viver sós! Todos nós necessitamos ter alguém com quem abrir nosso coração, repartir nossos pensamentos, nossos projetos, nossos sonhos, nossos dilemas, nossas frustrações e até mesmo as frivolidades que passam pela nossa cabeça. Como Igreja, procuramos ser uma família substituta para as pessoas sós, trabalhando com pequenos grupos e em relacionamentos de discipulado, onde nos encontramos para compartilhar nossa vida e crescer juntos na fé. Mas independente disso, a conversão em si já supre substancialmente o sentimento de solidão, pois Deus é uma pessoa e ainda que alguns não acreditem, podemos de fato nos comunicar com Ele através da Sua Palavra, da oração e da presença viva do Espírito Santo em nós. Ainda assim é evidente que a vida é mais difícil para uma pessoa que mora sozinha. Não é fácil chegar em casa e não ter alguém para dizer ao menos como foi seu dia; não ter alguém para dizer que está feliz ou triste; não ter alguém para dizer simplesmente que está com calor ou frio ou se acha que irá ou não chover! O mais triste, porém, é quando pessoas que vivem debaixo do mesmo teto, transformam seu lar num campo de batalha, onde ao invés de se suprirem em suas tantas necessidades, diminuem-se mutuamente e agravam ainda mais esse clamor íntimo por admiração, amor e respeito. Na verdade essa é a causa primeira dos tantos desajustes que nossa sociedade está vivendo. Muitos atribuem o aumento da dependência química, da violência, da imoralidade às desigualdades sociais. Não! A pessoa que é admirada, respeitada e amada, não terá grandes problemas em ser pobre, nem terá seu senso de valor firmado em suas posses, se for rica. Aliás, violência, imoralidade, dependência química, nunca foram monopólio das classes menos favorecidas ou menos cultas. A principal causa dos desajustes dos indivíduos, das famílias e da sociedade, é que estamos vivendo uma profunda crise de honra. E por que falo da honra? Por que honrar é distinguir, é respeitar, é dignificar, é reconhecer, é valorizar, é enobrecer. Ora, quando praticamos isso, não somente suprimos as necessidades do outro, como estamos abrindo caminho para que o outro também se anime a fazê-lo em relação a nós. E nunca diga: Não há nada a honrar nessa pessoa. Não! Sempre há algo bom no qual podemos fixar o nosso olhar. E então, ao começarmos a praticar a honra, quebramos esse círculo vicioso de depreciação e desespero e criamos uma atmosfera de vida, que supre, cura, restaura; uma brisa suave e nuvens benfazejas que vão encher de vida os mais secos e escaldantes desertos. Prezado leitor: Honre! Honre primeiro a Deus: Foi Ele quem o criou! Depois comece a honrar a todos aqueles que ele colocou ao seu lado. Pode ser um pouco difícil no começo, mas inicie o movimento: Você se surpreenderá com os resultados!!! “Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai ao rei” -1 Pedro 2.17. JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!