Nesta semana, entrei num desses tantos debates da Internet, coisa que raramente faço. O tema envolvia a homossexualidade e os novos paradigmas para a família e sociedade. Analisando as flagrantes contradições dos argumentos usados pelo meu oponente, mais uma vez me dei conta do quanto é difícil alguém pensar de forma isenta. Devo confessar que também no meio cristão padecemos desse mal, pois facilmente nos deixamos afetar emocionalmente, como se tivéssemos sobre nós a responsabilidade de provar que Deus existe, provar que o mundo foi criado por Ele, provar que a Bíblia é verdadeira e por aí à fora. Às vezes também esquecemos que nada pode ser imposto pela força, especialmente quando se trata da fé
O problema é que o mal se espalha com muito mais rapidez que o bem; o problema é que o mal não respeita regra alguma; o problema é que vidas preciosas estão em jogo; o problema é que mesmo sabendo que a verdade se sustenta por si só, o estrago que a mentira produz pode ser grande demais se simplesmente esperarmos passivamente que as pessoas acordem do seu sono. Então, assim como Jesus levou sua missão até o fim, nós também não podemos desanimar de anunciar a Palavra de Deus, mesmo no meio das trevas mais espessas. Porém, temos em nosso desfavor, que a verdade só pode se utilizar de recursos lícitos. Então nessas horas, não vale a ofensa, não vale a retaliação, não vale a manipulação, não vale o sofisma escondido por trás do argumento. Mas vale a Palavra, vale a lógica, vale o apelo sincero ao bom senso.
Por isso, mesmo parecendo ser um luta inglória tentar deter o curso do mundo, quero compartilhar alguns princípios que devem ser levadas em conta quando queremos avaliar com isenção os fatos. Talvez isso coloque alguma luz àqueles que com sinceridade estão buscando se localizar dentro desse emaranhado de opiniões que hoje soam em nossos ouvidos:
1º) A inflexibilidade das leis: Alguém pode admitir a possibilidade da existência de leis sem um legislador. Porém isso não muda o fato que vivemos num universo onde tudo, mas absolutamente tudo é determinado por essas leis. Sendo livre, o homem pode quebrar todas as leis, porém ele nunca pode esquecer que é parte do “sistema”. Assim, cada lei que ele quebrar estará quebrando também a si mesmo e criando uma corrente de destruição e morte. Se a rebeldia contra essas leis pré-existentes não se chama pecado, se lhe dê qualquer outro nome, porém isso não anula as suas consequências; 2º) A especificidade da criação: Como sujeito da própria vida, o homem presume que pode mudar a essência das coisas. Porém tudo é exatamente aquilo que é e tudo quanto existe, existe para cumprir um determinado fim. Quando ficamos doentes percebemos mais claramente essa realidade em nosso próprio corpo. Por isso, sem exceção, aquele que se rebela contra a ordem natural, sempre terá que pagar um tributo muito alto e fatalmente desencadeará um movimento de desordem interna e externa que fugirá do seu controle; 3º) O propósito da liberdade: A liberdade foi dada ao homem para que ele busque a vida e não a morte. Essa é uma lógica evidente e essa é a mensagem de Deus nas Escrituras. Porém o orgulho humano pode levá-lo a tal ponto, que lhe fosse dada a oportunidade de ficar face a face com Deus, não teria escrúpulos de dizer-lhe abertamente: Você pode querer me salvar, mas eu tenho o direito de me perder!
Prezado leitor: Para aquela pessoa com quem debati na Internet, precisei dizer: “Muito cuidado ao afrontar a Deus. Nossa corda é muito curta e nossas asas muito pequenas para ousar um vôo tão alto”.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!