Por: Pr. Armando Castoldi
Tudo aquilo que faz parte da nossa vida ou do mundo que nos cerca, consideramos normal. Acordar pela manhã e ver o sol nascer, é normal. Chegar em casa e encontrar a mãe nos esperando com a mesa posta, é normal. Ligar o interruptor e ver a lâmpada acender, é normal. Acionar o registro do chuveiro e tomar uma ducha com água quentinha, é normal. Ter a liberdade para ir “aonde der na telha”, é normal. Há algo de extraordinário nisso? Aparentemente não!!!
Para a grande maioria ter pai é normal, ter mãe é normal, ter irmão é normal, ter amigos é normal, ter um carro é normal, ter saúde é normal, ter emprego é normal, ser livre para ir e vir é normal. Tudo é normal! Mas será que é tão normal assim?
Então um dia, o sol nasceu, como sempre, mas eu não pude vê-lo, porque estava preso a uma cama. Então um dia, cheguei em casa com fome, mas encontrei a mesa vazia, pois minha mãe já não estava mais ali. Então um dia, eu precisava tanto desabafar com alguém, mas os meus os irmãos estavam longe, cada um seguindo o seu destino. Então um dia, eu precisava tanto de um conselho sábio, mas já não tinha mais o meu pai. Então um dia eu comecei lembrar dos meus amigos e senti o coração apertado de saudade, mas como nos desinteressamos uns pelos outros, nossa intimidade se perdeu.
O fato é que quando pessoas e bens estão ainda conosco, dificilmente lhes damos o valor que realmente possuem. Raramente pensamos como seria a nossa vida sem a mãe, sem o pai, sem os irmãos, sem os amigos, sem o emprego, sem o carro, sem o acesso à luz elétrica, à água encanada e a tantas bênçãos que vem diretamente da mão de Deus ou da inteligência que Ele nos deu para criá-las. O pior é que em relação às pessoas, quanto mais estreito o vínculo que temos com elas, mais nos parece “normal” que todo bem que elas nos fazem, não passa de mera obrigação.
Claro que uns são mais conscientes do que outros, contudo, a realidade demonstra que a grande maioria não tem plena consciência do valor das coisas, caso contrário, o mundo estaria bem melhor. A verdadeira alegria está cada vez mais escassa, por que só as pessoas agradecidas e altruístas são realmente felizes.
Bem, estamos comemorando mais uma Páscoa. E Páscoa é Jesus, claro! E quem não sabe d’Ele? Quem não sabe que Ele é o Filho de Deus? Quem não sabe que Ele morreu na cruz pelos nossos pecados? Quem não sabe que Ele ressuscitou da morte? Quem não sabe, afinal, que Ele é o Messias, o salvador do mundo? Porém, vendo como normais essas verdades tão extraordinárias, poderá muito bem acontecer que acabemos olhando para Jesus, como o pai a quem nunca demos o valor que merecia; como a mãe, a quem nunca demos o valor que merecia; como nossos irmãos, a quem nunca demos o valor que mereciam; como os nossos verdadeiros amigos, a quem nunca demos o valor que mereciam; como as tantas coisas que sempre estiveram à nossa disposição, porém nunca lhes demos o valor que mereciam, porque afinal, olhando para todas elas, sempre nos pareceram tão normais!
Prezado leitor: Jesus também é único! Único como seu pai, como sua mãe, como seus irmãos, como seus amigos, como todas as coisas de valor em sua vida. Não há outro Filho de Deus, não há outro Salvador, não há outro que tenha morrido pelos seus pecados, não há outro que tenha ressuscitado da morte para lhe dar a vida eterna. Não há outro Jesus! Mas alguém poderá dizer: Bem, Jesus não passará como as demais pessoas, afinal, Ele não é eterno? Sim, Jesus é eterno, mas a sua vida passará e talvez mais rápido do que você imagina. O grande perigo, portanto, é que parecendo tão normal o nome de Jesus, você passe pela vida sem percebê-lo realmente, sem valorizá-Lo, sem recebê-Lo como aquilo que Ele veio para ser: O Seu único Salvador e Senhor. E pense: Se você não recebê-Lo desse modo, de que lhe valerá mais uma Páscoa?
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!