Por mais que se fale hoje contra preconceitos e intolerâncias, as pessoas estão cada vez mais distantes umas das outras. Leis podem ajudar a proteger alguns seguimentos historicamente menos favorecidos, mas os afetos nascem do coração. Temos notado, por exemplo, que quanto mais se fala contra o racismo, na mesma proporção se intensificam os conflitos étnicos mundo a fora.
Mas a questão racial não é o único problema: Se por um aspecto todos seres humanos são iguais, há uma infinidade de questões que tornam as pessoas diferentes umas das outras. O movimento dos Direitos Humanos, por exemplo, não só apregoa uma igualdade que não existe, como também promove grandes injustiças, porque na ânsia de defender aquilo considera ser o lado mais fraco, ignora que a causa das diferenças entre indivíduos, classes ou o que quer que seja, nem sempre tem origem na injustiça social.
É também por isso que a experiência marxista tem se mostrado um grande desastre em todos os lugares onde se estabeleceu. A igualdade social não somente é uma utopia, como também se torna um mal inominável, uma vez que cada indivíduo irá reagir de modo diferente diante da vida. Filhos nascidos no mesmo lar, recebendo a mesma atenção, o mesmo cuidado, os mesmos valores, frequentando a mesma escola, podem fazer escolhas completamente diferentes. Portanto, nem mesmo o fato de um sistema proporcionar a todos as mesmas oportunidades, poderá criar uma sociedade igualitária. Se repartíssemos todo o dinheiro que há no mundo entre todos os seres humanos, em poucos dias inevitavelmente o mundo estaria dividido outra vez entre pobres e ricos. A razão? Simples: Por que um é trabalhador e o outro é preguiçoso; por que um poupa e o outro esbanja; por que um é previdente e o outro negligente; por que um vai comprar drogas e o outro alimento. O mundo é assim e a chamada igualdade social só pode ser estabelecida pela força e quem o faz, evidentemente não é bobo ao ponto de inserir no sistema.
É lógico que o ser humano é igual em valor intrínseco: Ninguém é mais do que humano e ninguém é menos do que humano. Então é também lógico que devemos todos ter acesso aos mesmos direitos. Mas e os deveres? Também não deveriam ser os mesmos para todos? Que bem faria o mundo se em algum lugar, de alguma forma, se iniciasse um movimento mundial em favor dos “Deveres Humanos”. Sim, porque do modo que as coisas estão, é urgente que se estabeleça uma contrapartida.
É interessante, que tanto o marxismo quanto o movimento dos direitos humanos são filosoficamente identificados com o evolucionismo. Mas não é por que respeitam os seus princípios, pois se os respeitassem concordariam que o pressuposto básico da evolução é permitir que cada ser humano faça suas escolhas e que arque com as consequências delas decorrentes. Então, não é por isso que abraçam as teorias evolucionistas e sim por que precisam encontrar algum argumento para se livrarem do Criador. E a razão é evidente, pois a Palavra de Deus fala exatamente de direitos e deveres; a Palavra de Deus fala de certo e de errado; a Palavra de Deus estabelece padrões morais; a Palavra de Deus não apregoa igualdade social e sim de justiça social e esses dois conceitos, não são a mesma coisa.
Prezado leitor: No feriado de Carnaval, como fazemos todos os anos, nossa Igreja reuniu-se num sítio para viver de forma mais intensa a comunhão cristã. Foi um tempo prazeroso de confraternização, mas foi também um tempo para exercitar as mutualidades, onde na medida do possível, procuramos envolver todos em tudo. Não foi um tempo onde alguns somente deram e outros somente receberam. Não, porque isso não seria um bom exercício de cristianismo, nem de cidadania. Temos aprendido a diferença desses conceitos. Sim, mesmo no Céu, onde só podemos entrar pela graça, haverá diferença de galardão, porque o princípio que move o sistema de Deus é: “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” – Gálatas 6.7. Mas alguém poderá perguntar: E onde fica o amor? O amor sempre encontra lugar para agir, mas o amor inteligente somente vai até onde o outro não pode ir!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!