Por: Pr. Armando Castoldi
Sempre coloco ao final das minhas mensagens a frase “Jesus a opção da vida”. O sentido é claro: Jesus não é uma opção, mas “a” opção. Uma frase simples, concisa, mas que diz o essencial: Jesus, em sua pessoa e em seu papel, é exclusivo. Aliás, essa é a mensagem clara do Natal: “Havia naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam os seus rebanhos durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje nos nasceu, na cidade de Davi, o salvador, que é Cristo, o Senhor” – Lucas 2.8-11.
Ora, numa sociedade cada vez mais relativista, que pleiteia a aceitação da pluralidade em seu sentido mais amplo, a palavra exclusividade é indigesta. E o discurso é claro: “Ninguém pode dizer que está com a verdade; ninguém pode dizer que seus valores são melhores; ninguém deve achar-se no direito de pregar sua fé aos outros.” A princípio esse discurso soa bonito, coerente e justo. Mas é apenas um discurso confortável. E por ser tão confortável, poucos se perguntam: Mas como fica uma sociedade onde todos podem achar que estão certos? Como fica a minha própria vida, a partir do momento que achar que sempre estou certo? Quem terá o poder de estabelecer a ordem num mundo onde ninguém mais aceita correção?
E quanto ao critério com o qual Deus julgaria as pessoas? E quanto ao céu e ao inferno? Bem, os argumentos vão na mesma direção: “O inferno é injusto e não pode existir! E quanto ao céu, se existir, deve ser para todos, afinal que historia é essa de um céu somente para alguns? Isso é arrogância, é preconceito, é fundamentalismo religioso, é ideia de quem se acha melhor do que os outros.” E também esse discurso soa bonito, coerente, justo. E por ser também um discurso confortável, poucos se perguntam: Que Deus seria esse que não impõe condição alguma? Que céu seria esse, onde todos podem entrar? E sendo então o céu um lugar onde todos, sem distinção, iriam viver eternamente juntos, não acabaria se transformando no próprio inferno?
Por isso, o cristão verdadeiro não é um alienado. Ao contrário, ele entende muito bem a sua condição. Sabe que é um pecador e que precisa da graça de Deus. E exatamente por reconhecer a impossibilidade de regenerar-se por si mesmo, aceita com alegria o perdão que Deus lhe oferece em Cristo e luta para tornar-se cada vez um ser humano melhor, pois sabe que sua natureza é inclinada ao pecado.
E quando testemunha da sua fé, não o faz por arrogância ou por se achar melhor, mas o faz por que se sente no dever de falar desse amor com o qual foi alcançado; o faz por que compreendeu que a salvação deve ser oferecida a todos. Ora, alguém poderá perguntar: Um cristão não se tornaria um ser humano ainda melhor se guardasse sua fé para si mesmo, sem tentar influenciar os outros? Não, o cristão verdadeiro não pode calar a respeito do Evangelho; não pode abrir mão do seu chamado: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” – Marcos 16. 15.
Mas é claro que aquele que toma para si esse chamado, precisa compreender algumas verdades fundamentais: Nós não somos exclusivos, exclusivo é o Senhor que nos salvou; nós não somos superiores, superior é o Senhor que nos salvou; nós não temos poder algum, o poder vem d’Aquele que nos salvou.
Prezado leitor: Por causa da sua exclusividade, o nome de Jesus, quando anunciado dessa forma, pode criar resistências. Se for o seu caso, entenda que na exclusividade de Jesus, não há qualquer intenção de exclusão. Ao contrário, este foi único meio que o Pai encontrou para poder incluir a todos no Seu amor. Mas é evidente que você precisa crer: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3.16.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!