Por: Pr. Armando Castoldi
Ao longo desses dois mil anos da História do cristianismo, nenhum outro nome despertou tanto amor e tanto ódio quanto o nome de Jesus. A razão dessa polaridade é simples: Como um elemento a mais, acondicionado dentro de um pacote maior, não há problema que se fale dele. Porém, quando pronunciado nos termos que Ele ordenou, como o único nome no qual há salvação, as coisas começam a ficar diferentes.
Ora, quem lesse os Evangelhos sem qualquer conceito preestabelecido, não teria como não deixar-se impactar por Jesus. Na casa do Centurião romano chamado Cornélio, é assim que o apóstolo Pedro o descreve: “Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda judeia, tendo começado desde a Galileia, depois do batismo que João pregou, como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” - Atos 10.7-38. Jesus mesmo, quando questionado pelos judeus, desafiou-os com as seguintes perguntas: “Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes?” – João 8.46.
Onde está o problema? Está no fato que Ele mesmo deixou claro que não veio a este mundo para fazer parte de um produto a mais, dentro de um pacote religioso. Quem compreende a singularidade da pessoa e obra de Cristo, irá amá-lo de todo coração, porém quem não o compreende desse modo, ao ouvir seu nome sendo proclamado como o único caminho para Deus, de uma maneira velada ou aberta irá expressar repulsa, porque não concebe ou não consegue se desfazer dos tantos outros elementos que fazem parte do seu conteúdo de fé.
É verdade que muitos tiveram parte na obra que Jesus; que muitos foram os seus coadjuvantes: Os profetas que o anunciaram, e especialmente Maria que o gerou em seu corpo, e João Batista que o precedeu na pregação do arrependimento, e os discípulos que o seguiram fielmente em seu ministério terreno. Enfim, são tantos aqueles que poderiam ser citados. Porém a nossa fé não pode se fundamentar nos coadjuvantes, sejam eles do passado ou do presente, e sim no autor da salvação. Então, nos permitindo falar desse modo, o único “pacote” do qual Jesus compartilha é a própria Trindade. Ele sempre deixou muito claro que a autoridade dos seus ensinos e o poder dos milagres que realizava provinham unicamente do Pai e do Espírito Santo.
Mas há mais um detalhe de fundamental compreensão: Na cruz, não lhe foi concedido ter coadjuvantes. Alguns ficaram próximos, é bem verdade, mas não estiveram e nem poderiam estar no Seu lugar, porque esse momento pertencia exclusivamente a Ele. E ali absolutamente só, abandonado, exposto aos seus algozes, toda nossa culpa foi então lançada sobre Ele. O Pai quis que fosse assim! É esse fato, especialmente, que determina a singularidade do nome de Jesus: “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a sua justiça; por suas chagas fostes sarados” – 1 Pedro 2.24.
Prezado leitor: Por mais que pareça racionalmente plausível, emotivamente desejável e religiosamente belo elaborar um pacote maior e “mais sofisticado”, só Jesus, só Ele mesmo, em Seu corpo, sobre o madeiro, na crueza da morte humana, carregou nossos pecados. É a Sua justiça que nos salva; são as Suas feridas que nos curam. O que aconteceu depois? Ele ressuscitou da morte, subiu aos Céus e enviou o Espírito Santo, para que em seu nome se anunciasse a salvação a toda criatura. Desde então, Ele mesmo, à direita do Pai, detém a exclusividade do poder para salvar e interceder pela humanidade: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve dar em tempos oportunos” – 1 Timóteo 2. 5-6.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!