Por causa da complexidade do mundo que nos cerca, por causa da brevidade da vida e dos tantos mistérios a desvendar, a maioria dos seres humanos parte deste mundo sabendo muito pouco. Alguns chegam a conhecer um pouco mais, mesmo assim esse conhecimento é sempre insignificante comparado ao tanto que deixaram de adquirir. Assim também é em relação aos bens materiais. Apesar de haver pessoas muito ricas, a brevidade da vida e as tantas limitações que se impõem em suas trajetórias faz com que elas aproveitem muito pouco daquilo que suas posses o permitiriam. Afinal, ninguém dorme em duas camas ao mesmo tempo, ninguém senta em duas cadeiras ao mesmo tempo, ninguém anda em dois carros ao mesmo tempo, ninguém enche a barriga duas vezes ao mesmo tempo. Resumindo: Como não podemos ter tudo e nem fazer tudo ao mesmo tempo, não haverá tempo para tudo aquilo que gostaríamos de ter ou fazer.
A vida é cheia de encruzilhadas e em cada uma delas, precisamos escolher o caminho que vamos seguir. Mas não só isso: Precisamos estar conscientes que tendo escolhido uma direção, vamos ficar cada vez mais distantes da outra. E se vamos para a direita ainda pensando naquilo que deixamos à esquerda, acabaremos prostrados no meio do caminho, infelizes, lamentando por aquilo que deixamos para trás e lamentando por aquilo que não tivemos a coragem de conquistar lá na frente. Assim alguns, na sua ânsia de conquistar o máximo que a vida pode lhes proporcionar, trocam tudo como trocam de roupa. Vão e vêm conforme lhes dá na cabeça, porém o dia que caem em si, percebem que também caíram numa grande armadilha: Não só deixaram escapar todas as coisas como areia entre os dedos, mas deixaram dentro de si mesmos e no coração das pessoas com quem conviveram um triste rastro de dor e frustração.
Bem, o assunto poderia ir longe, porém fiz essas colocações para demonstrar que, admitindo ou não, mesmo nas pequenas coisas do dia-a-dia, como decidir o que vamos comer ou a roupa que vamos vestir, precisamos fazer escolhas e, toda escolha é exclusiva: Elegemos uma coisa em detrimento de outra. Termos exemplos abundantes ao nosso redor, demonstrando que as pessoas bem sucedidas, praticamente vivem em função daquilo que escolheram fazer. Isso prova que a lógica da vida exige exclusividades e portanto, quem quer ter uma vida bem sucedida, terá que ser radical.
Hoje a palavra radical é considerada quase uma blasfêmia. Diante de qualquer afirmação mais incisiva, logo vem a retaliação: Ah, mas você é radical! E daí, não posso ser? O que devo ser então? Alguém que não possui opinião própria? Alguém que diz amém para tudo? Alguém olha o mundo como se tudo fosse a mesma coisa? A vida não é assim! Existe uma linha divisória entre todos os elementos e entre todos os conceitos. Uma coisa nunca será outra, porque, volto a dizer, cada coisa é exclusiva.
Agora eu pergunto: Que crédito você daria a alguém que viria do Céu apenas para dizer que todos os caminhos levam a Deus? Tal mensagem seria absolutamente irrelevante, não mudaria nada e apenas confirmaria a estupidez do pensamento de que “a voz do povo é a voz de Deus”. Mas felizmente não foi assim que aconteceu. Bem ao contrário, Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” – João 14.6. E tendo deixado seguidores, ordenou-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” – Marcos 16.15-16.
Prezado leitor: Deus é radical. Ao apresentar-se a Moisés, simplesmente diz: “EU SOU O QUE SOU” - Êxodo 3.14. Jesus é radical. Ao falar sobre a necessidade de segui-lo, afirmou: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” – Mateus 12.30. Diante disso, o que eu posso ainda dizer? Ser cristão é ser radical. E quem não é radical não pode ser de Cristo. E quem não é de Cristo, não pode ser salvo.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!