Alguns céticos julgam a Bíblia um livro comum como tantos outros já escritos. Outros, pensam ingenuamente que ela caiu do Céu inteirinha, dentro de um pacote amarrado com uma fita dourada. Mas seriam essas as únicas opções?
Sem entrar em maiores detalhes a respeito da formação do cânon das Escrituras, um dos critérios usados nos primeiros concílios da Igreja era que os livros deveriam ter alguma ligação direta com os apóstolos ou com pessoas que andaram com eles. Por exemplo: Lucas, que escreveu o Evangelho que leva seu nome e o livro de Atos, além de acurada pesquisa a respeito do ministério de Jesus, acompanhou o apóstolo Paulo em boa parte das suas viagens e prisões. Marcos, que escreveu o Evangelho mais antigo, não esteve entre os doze apóstolos, mas acompanhou tanto Paulo quanto Pedro em seus ministérios. Quando no capítulo quinze da sua primeira carta aos Coríntios Paulo argumenta a respeito da ressurreição, cita fatos concretos, como seu próprio encontro com Jesus no caminho de Damasco e, como certa vez Jesus foi visto depois de sua morte por mais de quinhentas pessoas ao mesmo tempo, muitas das quais ainda viviam quando ele escreveu a referida carta.
Depois de aceitos como autênticos os textos sagrados, aqueles que foram considerados os Pais da Igreja, não somente dependeram do Espírito Santo, mas também utilizaram-se dos recursos como a exegese e a hermenêutica a fim de bem compreender as Escrituras e estabelecer as doutrinas básicas da fé cristã. Até hoje, o direito usa essas mesmas ferramentas. Portanto, além de um coração sincero e dependente do Espírito Santo, precisamos nos utilizar de argumentos racionais a fim de dar crédito à fé que pregamos. E se em relação à fé, nem tudo é palpável, tudo o que lhe diz respeito é passível de uma compreensão lógica. Deus é o Senhor da fé e também da razão!
Há verdades a respeito de Jesus Cristo que foram facilmente detectáveis pelos sentidos físicos. Pessoas experimentaram no próprio corpo os efeitos das curas operadas por Ele; estômagos foram saciados pelos pães que Ele multiplicou; corações foram profundamente tocados por Suas Palavras. Porém, há questões que pertencem puramente ao nível do sobrenatural. Com relação a essas questões é possível estabelecer uma compreensão racional?
Ora, se havia no Antigo Testamento promessas claras a respeito do Messias; se esse Messias podia ser identificado em Jesus; se os seus milagres avançaram para muito além das explicações naturais; se Suas palavras foram tão insuperáveis; se a Sua conduta foi de tal modo perfeita; se o Seu amor foi tão impactante que pessoas se desmanchavam em lágrimas no simples fato de olhar em seus olhos; se Ele passou pelas piores torturas perdoando seus algozes; se Ele enfim deixou o túmulo vazio, pergunto: Quem é Jesus? Bem, usando fatos concretos, a Bíblia então avança para o nível da revelação sobrenatural, falando-nos de um ser pré-existente, que voluntariamente se fez homem para morrer pelos meus e pelos teus pecados e que tendo sido ressuscitado da morte, está agora exaltado à direita do Pai. E mais, a Bíblia nos diz que Jesus, o Jesus da Páscoa, foi constituído Senhor da presente era, portanto somente nEle há salvação e somente pelo Seu nome temos acesso ao Pai. Ora, sendo Jesus o próprio Filho de Deus, as Escrituras anunciam que Ele voltará em poder e grande glória. E depois, quando tiver sujeitado a si todas as coisas; quando tiver destronado definitivamente todas as hierarquias malignas e executado a sentença sobre todo pecado, Ele mesmo se sujeitará ao Pai, entregando-lhe de volta um universo plenamente redimido. Ora, não seria o desfecho mais fantástico para um mundo cujas feridas já estão tão expostas?
Prezado leitor: Esse é Jesus da Páscoa. Você pode ignorá-Lo e seguir o seu caminho. Mas qual seria então o final mais lógico da sua própria história?
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA?