Ao iniciar este texto, pensei em colocar como título: Como vai teu casamento? Mas então considerei que o termo família é mais abrangente e traduz melhor a dimensão do assunto que eu quero abordar. Os cônjuges não são as únicas pessoas envolvidas por um casamento. Ao contrário, normalmente um grupo bem grande de pessoas acabam entrando nesse “barco”.
Prá começar todos nós sabemos que quando um casal se une, duas famílias que antes às vezes nem se conheciam ou não tinham qualquer vínculo, começam a se relacionar.
São as visitas que acontecem já no período de namoro e noivado. São os preparativos para as bodas, onde as duas famílias irão se envolver. É o novo lar que se forma, onde parentes de ambas as partes começam a frequentar. E se vierem filhos, esses laços se fortalecem ainda mais, afinal, tudo passa a ser “do mesmo sangue”. E se não bastasse isso, entram os amigos de ambos os cônjuges.
Assim, tanto as pessoas unidas pelos laços de sangue, tanto aquelas unidas pela amizade, começam a se relacionar entre si e naturalmente partilhar sentimentos comuns, alegrando-se ou entristecendo-se com as alegrias e as dores recíprocas.
Quando jovem, tive várias namoradas ou amigas com as quais tive um relacionamento, digamos assim, de interesse maior. Para mim parecia normal esse tipo de comportamento, afinal, compromisso era somente noivado e casamento. Mas um dia minha mãe me chamou para um canto e disse: “Armando, chega de trazer namoradas aqui em casa, porque quando tu decides terminar um namoro, nós é que acabamos sofrendo.” Essa foi uma palavra muito sábia e oportuna, pois desde então eu compreendi que não era somente a minha família, mas também a família dela e ela mesma, e todo o círculo de amizades que eu havia estabelecido acabavam sofrendo com minha irresponsabilidade. Diga-se de passagem que eu também “levei alguns foras”!
Depois da minha conversão, passei por um período de profundo arrependimento, quando muitas vezes me vi pedindo perdão e clamando a Deus que curasse as feridas deixadas no coração de tantas pessoas.
Quando casei, numa das primeiras crises que Simone e eu passamos, deixei bem claro que no meu vocabulário, a palavra separação havia sido riscada. Quando não temos um plano “B”, teremos outra motivação para solucionar os nossos problemas. Mas hoje, infelizmente, muitos já casam com plano B, C e outros planos mais em mente.
Nesta semana a imprensa divulgou os dados do último senso do IBGE a respeito do estado da família brasileira. O resultado? No ano de 2011 os divórcios cresceram 45,6 %, quase o dobro de 2010.
Eu sou pastor e já fui Oficial de Justiça. Sinto-me com plena autoridade para falar sobre o assunto. Eu sei os estragos que um divórcio causa. Não somente ao casal, mas a todo esse círculo de relacionamentos paralelos e, especialmente aos filhos, que invariavelmente são as maiores vítimas.
Prezado leitor: A apologia ao divórcio é a pior desgraça que pode acontecer a uma sociedade. É imensuravelmente pior do que as drogas e a violência, porquanto delas é sem dúvida, a principal causa. Nossa sociedade está terrivelmente doente e não é o “espírito” do Natal, nem os tantos votos de feliz Ano Novo que irão mudar alguma coisa. Pense nisso, pois se o seu casamento não está bem, você está doente e sua doença é perigosamente contagiosa. Entenda que em relação ao casamento não se pode matar o mal pela raiz sem ferir a árvore toda, a família. Busque em Deus a cura, então desde às raízes aos frutos, toda árvore será preservada. Deus ama o casamento conforme o estabeleceu, não criando para ele um plano B: “Portanto, o que Deus ajuntou, não separe o homem” -Marcos 10.9.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!