A quem interessar possa, nos planos de Deus o sexo é reservado exclusivamente para o casamento. Aliás, isso deveria soar lógico, pois as coisas de grande valor nós as reservamos somente para pessoas e datas importantes. Se você possui um jogo de louça chinesa “legítima”, ou um conjunto de talheres de prata, ou um jogo de copos de cristal, você somente os utilizará quando desejar honrar alguém.
O mesmo princípio aplicamos com as roupas finas ou os perfumes caros. Até mesmo as melhores palavras ou os nossos segredos mais escondidos, nós os guardamos exclusivamente para as pessoas que mais valorizamos. Portanto, num mundo onde o sexo ainda possuía dignidade; onde a entrega íntima era considerada o bem mais precioso que uma jovem podia oferecer ao seu esposo, nada mais coerente do que virgindade. Era uma honra merecida que os noivos se atribuíam mutuamente, considerando que estavam de fato entregando-se para toda a vida. Esse presente constituía-se numa das bases fundamentais das relações estáveis e duradouras; um dos elementos principais do vínculo de fidelidade absoluta que se estabelecia, numa união que somente a morte poderia romper.
Exatamente por isso, a Palavra de Deus compara a Igreja a uma noiva preparando-se para encontrar seu noivo. Essa figura talvez não teria muito impacto em nosso tempo, entretanto à época, era a melhor maneira de expressar o grau de fidelidade e nível de expectativa que os cristãos deveriam nutrir a respeito do seu encontro com Jesus. O apóstolo Paulo, escrevendo à Igreja de Corinto, diz: “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo” . (2 Coríntios. 11.2)
O casamento, em todas as culturas é um ato revestido de honra. A Bíblia diz a esse respeito: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”. (Hebreus 13.4) Por isso, especialmente em Israel, o casamento era uma grande festa, que durava às vezes uma semana inteira. Nesse tempo havia muita alegria, dança, louvor a Deus, suspense. Na noite do encontro, a noiva reunia suas amigas e, todas vestidas de branco e carregando tochas acesas, saíam para encontrar o noivo. Este era o grande momento da festa.
Jesus tomou essa figura para ilustrar a sua vinda para buscar a Igreja: “Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, Senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora”. (Mateus 25.1-13).
Prezado leitor: Não é estranho que na iminência de algo tão grandioso, todas as virgens tivessem adormecido? Isso não revela algo a respeito da Igreja dos nossos dias? Não é intrigante que diante de tantos sinais que apontam para a volta de Jesus a Igreja esteja tão distraída com as coisas deste mundo? Mas se você deseja encontrar-se com o Noivo, seja mais do que uma voz desconhecida na escuridão!
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!