Como temos um espaço amplo nos fundos do nosso prédio que está sem qualquer utilização, há um bom tempo decidimos adequá-lo para servir de estacionamento. Isso envolveria em primeiro lugar o aumento do muro já existente, construído com pedras de basalto.
Já deveríamos ter começado a obra antes do inverno, porém vários fatores fizeram com que acabássemos adiando o início dos trabalhos. Finalmente, no 30 de agosto passado, chegaram seiscentas pedras, pelo valor unitário de R$7,70 adquiridas da empresa Basalto Estrela da Serra Ltda., da cidade de Paraí-RS., através da Nota Fiscal nº 1505.
A fim de reduzir as despesas, decidimos fazer o trabalho em regime de mutirão. E, como Igreja não temos qualquer envolvimento com política, sequer nos demos conta que havíamos começado a obra exatamente às vésperas das eleições. Confesso que fiquei profundamente chateado comigo mesmo quando ouvi os primeiros comentários maliciosos. Como não pensei nisso? Evidente que alguém poderia fazer alguma conexão indevida. Melhor teria sido esperar mais um pouco e evitar essa aparência de mal. Porém agora, nada havia que pudesse ser feito.
No último dia 12 então, sexta-feira passada, estávamos trabalhando no local quando alguém passou de carro e diminuiu a velocidade. Sequer nos cumprimentou, mas percebi que ele olhava fixamente para o nosso pedreiro. Num primeiro momento, fiquei intrigado com o fato, porém logo em seguida me dei conta do que poderia estar se passando. O dito pedreiro é o irmão
Estou expondo esses fatos, em parte para deixar bem claro que jamais, em hipótese alguma, eu negociaria a minha honra e a honra do Evangelho do Senhor Jesus Cristo: “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado, melhor do que a prata e o ouro” ( Provérbios 22.1). Mas em parte, decidi tocar neste assunto para tratar da questão do julgamento.
Evidente que se alguém deseja uma boa fama, terá que vigiar o seu comportamento: “Abstende-vos de toda forma de mal” (1 Tes. 5.22). Entretanto, isso por si só, nem sempre é suficiente. Por mais que nos esforcemos para manter um bom nome, o nosso conceito é também formado pelos olhos de quem nos observa. Ter uma consciência limpa, depende unicamente de nós mesmos; ter um bom conceito, nem sempre. E quanto mais corrompido o mundo; quanto mais a maldade se instala nos corações; quanto mais as pessoas vendem sua alma por interesses tão mesquinhos, mais injustos serão os nossos julgamentos, pois o nosso olhar acaba sendo afetado pelo ambiente que nos cerca. Assim, em tempo de eleições, nós fomos julgados pelo deplorável padrão, que em muitos casos, tem regido a prática da política em nossa sociedade. Infelizmente!
Prezado leitor: Eu não condeno quem nos julgou mal. Deveríamos ter sido mais cautelosos! Porém o fato é que precisamos, todos nós, cuidar como enxergamos aquilo que os nossos olhos vêem. Muitas vezes o mal que vemos, está apenas nos nossos olhos: “São os olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas se forem maus, o teu corpo ficará
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!