Por: Pr. Armando Castoldi
Ezequias, cujo nome significa “Deus dá força”, foi rei em Judá no período de 715 a 686 Antes de Cristo. Com a divisão da nação judaica, depois da morte do rei Salomão, o reino do Sul passou a se chamar Judá e tinha por capital Jerusalém, enquanto o reino do Norte chamava-se Israel, e tinha por capital a cidade de Samaria. Acaz, pai de Ezequias, foi um dos piores reis da história do povo de Deus. Dele é dito o seguinte: “Tinha Acaz vinte anos de idade quando começou a reinar e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e não fez o que era reto perante o Senhor, como Davi seu pai. Andou nos caminhos dos reis de Israel e até fez imagens fundidas a baalins. Também queimou incenso no Vale do filho de Hinon e queimou a seus próprios filhos, segundo as abominações dos gentios que o Senhor lançara de diante dos filhos de Israel. (...)No tempo de sua angústia, cometeu ainda maiores transgressões contra o Senhor; ele mesmo, o rei Acaz. Pois ofereceu sacrifícios aos deuses de Damasco, que o feriram, e disse: Visto que os deuses dos reis da Síria os ajudam, eu lhes oferecerei sacrifícios para que me ajudem a mim. Porém eles foram a sua ruína e a de todo Israel. Ajuntou Acaz os utensílios da Casa de Deus, fê-los em pedaços e fechou as portas da Casa do Senhor; e fez para si altares em todos os cantos de Jerusalém. Também, em cada cidade de Judá, fez altos para queimar incenso a outros deuses; assim provocou à ira o Senhor, Deus de seus pais” – 2 Crônicas 28.1-3 e 22-25.
Olhando para essas realidades, o que poderíamos esperar de Ezequias? Que herança ele trazia para repartir com sua nação? Pois é! Mas vejam o que está escrito a seu respeito: “No terceiro ano de Oséias, filho de Ela, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá. Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; sua mãe se chamava Abi e era filha de Zacarias. Fez ele o que era reto perante o Senhor, segundo tudo o que fizera Davi, seu pai. Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neutsã. Confiou no Senhor, Deus de Israel, de maneira que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele. Porque se apegou ao Senhor, não deixou de segui-lo e guardou os mandamentos que o Senhor ordenara a Moisés” –
2 Reis 17.1-6.
Ainda que alguém possa discordar, o destino de uma nação está diretamente ligado à sua condição espiritual. Ninguém seja ingênuo ao ponto de desconsiderar que o caos de nossas instituições, a começar pela família, passando pelas escolas e culminando nos governos, é decorrência da cegueira espiritual que domina o povo brasileiro. Constatar isso, no entanto, não significa que estamos irremediavelmente perdidos.
O rei Ezequias, ao assumir as rédeas de sua nação, percebeu que deveria eleger um modelo a quem seguir. Ainda que a alternativa mais lógica seria imitar os caminhos de seu pai Acaz, ele decidiu seguir o rei Davi, um modelo que estava separado dele por 14 gerações. Se tivesse feito a outra escolha, provavelmente o absolveríamos alegando falta de opção. É a desculpa que normalmente damos a nós mesmos diante das escolhas que fazemos e é a desculpa que muitos políticos dão depois que assumem o poder.
Prezado leitor: Ninguém precisa ser necessariamente um produto do seu meio. Ser melhor ou ser pior, é uma escolha. Por isso, eu não poderia passar ao largo do fato que neste final de semana teremos eleições. Você, eleitor, tem avaliado o caráter e a conduta daqueles em quem você irá votar? Qual será a verdadeira motivação do seu voto? E você candidato, se for eleito, que modelos você irá seguir? Seja qual for a tua posição e o teu grau de influência, faça a opção de Ezequias e o “Deus que dá força”, será contigo.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!