Por: Pr. Armando Castoldi
Estou cada vez mais convencido da importância das decisões prévias. A maioria dos erros que cometemos poderiam ter sido evitados se tivéssemos decisões prévias. Quando não temos uma definição clara a respeito daquilo que faremos ou deixaremos de fazer, as tentações surgem e, quando percebemos, a correnteza já nos arrastou cachoeira abaixo.
Quando alguém busca ajuda para consertar alguma besteira que cometeu, pergunto: Mas você não sabia que era errado? –Sabia! Então por que fez? –Pois é! Quando percebi, já era tarde demais. E é exatamente assim que acontece!
Mesmo não tendo uma noção muito clara dessas realidades, sempre compreendi que eu era responsável pelas minhas decisões, ou seja: Eu teria que pagar as minhas contas! Isso por si só, me levou a tomar muitas posições importantes. Foi porém depois da minha conversão, que comecei a compreender melhor o valor desse conceito. Aliás, quanto mais conhecemos a Palavra de Deus, mais somos confrontados com a necessidade de decidir: “Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca”. (Salmo 119.4). O apóstolo Tiago diz: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. (Tiago 1.22)
Como ao me converter, precisei romper com muitas barreiras, foi natural o senso de necessidade de tomar posições. E foi assim que tomei muitas decisões prévias. Quero enumerar algumas, pois elas se tornaram determinantes na minha jornada até aqui:
1º) No tempo que me converti, não se ia à Igreja como quem vai a uma benzedeira. O apelo dos pregadores era para uma entrega incondicional a Cristo. Então quando Jesus disse: “Aquele que põe a mão no arado e olha para trás”, eu entendi claramente que ao dizer sim a Jesus, não poderia jamais retroceder. Então decidi que seria assim. Pronto!
2º)Quando compreendi que os cultos eram para a minha vida espiritual, a principal refeição da semana, decidi que “mesmo chovendo canivete aberto”, eu não faltaria aos cultos. Às vezes falo brincando que Deus olhou para mim e disse: “Bem já que o Armando está sempre na Igreja, vou chamá-lo para ser pastor”.
3º) Quando li pela primeira vez o Salmo 91.7, que diz: “Caiam dez mil ao teu lado, e dez mil a tua direita; tu não serás atingido”, entendi claramente que era uma palavra que eu deveria tomar posse e então decidi que, mesmo que as pessoas que eu mais confiava caíssem, isso não seria desculpa para que eu também me desviasse. Pouco tempo depois, o próprio pastor da Igreja que eu freqüentava, se envolveu em pecado e foi afastado do ministério. Para mim, isso não fez a mínima diferença. Eu já tinha a minha decisão!
4º)Quando casei, já conhecia perfeitamente o conceito de Deus para o casamento: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e os adúlteros” (Hebreus 13.4). Então, minha posição foi bem clara: “As palavras separação e adultério não existiriam no meu vocabulário”. Estamos mais casados do que nunca!
5º)Talvez uma das frases mais comuns que ouvimos é: “Filhos são para o mundo!” Negativo. Nós conhecíamos a Palavra: “Os filhos são herança do Senhor”. (Salmo 127.3) Então, Simone e eu decidimos que nossos filhos seriam o que a Palavra diz e não o que as pessoas dizem. E eles hoje, por suas próprias decisões, são do Senhor. Aleluia!
Prezado leitor: Não estou colocando isso para me vangloriar. Ao contrário, muitas coisas poderiam ser melhores na minha vida se eu tivesse tomado ainda outras decisões. Mas estou partilhando essas experiências, por que acredito que isso pode ajudá-lo a reavaliar conceitos, consertar erros e vislumbrar um futuro diferente, onde, com base na Palavra eterna de Deus, você poderá fazer as melhores escolhas.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!