Uma conhecida máxima de sabedoria diz que ninguém ama aquilo que não conhece. Esta é sem dúvida, uma das grandes razões pelas quais muitas pessoas não amam a Deus. O apóstolo Paulo declara a esse respeito: “Porquanto a escritura diz: Todo aquele que crê não será confundido. Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.  Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”. (Romanos 10.11-15).

O ministério terreno de Jesus foi marcado por milagres extraordinários. Não somente milagres que desafiavam as leis da física e da biologia, como transformar água em vinho, multiplicar pães e peixes ou ressuscitar mortos. Igualmente extraordinários foram aqueles milagres nos quais Ele resgatava as pessoas dos lugares mais baixos da sua  humanidade e as revestia de honra e dignidade.

O Evangelho de Marcos relata talvez o mais extraordinário desses milagres, acontecido às margens do Mar da Galiléia: “Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo, o qual vivia nos sepulcros, e nem com cadeias alguém podia prendê-lo. Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo. Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras”. 

Veja que triste realidade vivia esse homem, porém veja também o que aconteceu após o seu encontro com Jesus: “Então, saiu o povo para ver o que sucedera. Indo ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram”. (Marcos 5.15-16)

De capa a capa, a Bíblia é um livro de milagres. Porém muito além da Bíblia, quando ouvimos os tantos testemunhos de transformação que Deus ainda hoje opera na vida daqueles que o amam, não podemos deixar de imaginar como seria o mundo se todos tivessem o desejo sincero de conhecer a Deus e obedecê-Lo: “Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para seu um caos, mas para ser habitada”.  (Isaías 45.18)

Eu guardava aqui em casa um pequeno barril que meu pai usava para armazenar vinho. Era um desses tantos objetos que preservamos mais por causa do seu valor afetivo do que por sua utilidade. Esta semana, contudo, olhei para aquele velho barril com um olhar diferente. Fiquei me perguntando: O que posso fazer com ele?  Então surgiu a idéia de transformá-lo numa caixa de lenha para colocar ao lado da lareira. Avaliei com calma as possibilidades e, desde ontem à noite comecei a trabalhar nele. Fixei bem os aros, cortei-o um pouco acima da metade, deixei duas aduelas do tamanho original e nas extremidades delas fixei transversalmente um cabo de madeira. No final, com alguns detalhes de acabamento, ficou uma peça linda, harmônica, diferente, única e, acima de tudo, útil. Sem falsa humildade, fiquei impressionado com o resultado!

Prezado leitor: Há um potencial indescritível em cada pequeno detalhe do mundo que nos cerca. Há um potencial imensurável escondido dentro de cada pessoa. Se com um velho barril, eu mesmo, nas minhas limitações, pude produzir uma obra de arte, o que Deus não poderá ainda fazer em mim? O que Deus não poderá fazer em você? Mas se você ainda não o ama ao ponto de identificar milagres em sua vida,  dê a si mesmo uma nova oportunidade: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e o mais Ele fará”. (Salmo 37.5).