Por: Pr. Armando Castoldi
Os céticos afirmam que Deus é mera criação da mente humana. Mas responda uma pergunta: A sombra de um homem poderia ser considerada a fonte geradora do próprio homem? Logicamente a sombra não tem potencial algum para originar o homem. O aumento da complexidade, como o abismo que existe entre o homem e os animais, exige o surgimento de coisas novas e coisas novas pressupõem alguma fonte geradora. Não há “naturalmente” no nível anterior ao novo algo com complexidade, matéria e informação disponível para proporcioná-lo. Aquilo que é verdadeiramente novo necessita de uma origem externa que o traga à existência. E o novo, não pode provir do nada, pois o nada pressupõe também a inexistência de tempo, espaço, matéria, informação e energia. Portanto, sem matéria, tempo, espaço, energia e especialmente informação, não há condições para que algo realmente venha a existir. Mas se existe uma sombra, então há algo consistente fora dela que a produz.
A idéia da Lei da Causa e Efeito se fundamenta nisso: O originador de algo não pode ser inferior do que aquilo que originou. A não ser que outros elementos sejam acrescentados ao processo, mas então é necessário que esses elementos estejam realmente disponíveis, o resultado é sempre menor do que o seu elemento causador, da mesma forma que o homem é incomparavelmente maior do que a sombra que produz. Pense: vida + vida = vida; vida - vida = morte. A vida é mais complexa do que a morte; a vida está acima da morte, vem antes dela e não o contrário. A morte não tem vida para oferecer, mas a vida tem morte a oferecer. Por isso, a vida não pode ter simplesmente se originado da matéria bruta e sim de uma outra fonte, superior à matéria e à própria vida que nos cerca. Além disso, se a vida que nos originou é maior do que a nossa vida, por que não pode também ser eterna? O cinquenta não pode fornecer o cem, mas o cem pode fornecer tanto o cinco quanto o cinqüenta!
Digamos que os animais sejam, em complexidade e em constituição, 50% daquilo que nós, humanos, somos. Sabemos que além da complexidade do corpo, há aspectos em nós que são exclusivos, não tendo nenhuma fonte observável e provável no mundo animal. Portanto, esperar que esses aspectos exclusivos tenham surgido causalmente em nós, sem nenhuma fonte externa, exige o mesmo tipo de fé da fé que crê em Deus.
Assim como o homem em relação aos animais, o universo em toda a sua plenitude, não pode ter vindo a existir do nada ou de si mesmo, pois se viesse a existir a partir de si mesmo, sendo o seu próprio tudo, na verdade não teria vindo a existir, pois já estaria existindo plenamente em si. O que podemos concluir é que, assim como a menor partícula de energia não pode ter vindo a existir do nada, tudo o que existe no Universo veio de um ambiente externo a ele mesmo, de algo fora dele, além dele e acima dele. Portanto, somente Deus pode ser o causador externo do Universo e o criador do homem.
Mas alguns questionam: Há realmente provas da existência de Deus? Ora, se o Criador é maior e está separado da sua criação, não podemos encontrá-Lo diretamente através do produto criado. Mas se não podemos desvendar a anatomia de um engenheiro estudando apenas o engenho que ele construiu, pelo menos podemos ter certeza de que o engenheiro existe, pois num canto ou outro do maquinário existirão marcas de suas impressões digitais.
Prezado leitor: Existem duas fontes para o conhecimento de Deus: Uma está patente através da observação do mundo criado, a outra, depende da aceitação de Sua revelação: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo”. (Hebreus 1.1-2).
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
