Ainda que talvez fora de moda, a grande maioria das pessoas, a seu modo, acaba fazendo seu exame de consciência, para de alguma forma afirmar-se como uma pessoa de bem.  Mas o que fala a consciência a cada um? Podemos confiar em nossa própria consciência? Podemos apelar para a consciência como se fosse a voz do próprio Deus?  Claro que não, pois embora exista uma consciência moral elementar que é comum a todos os seres humanos, os valores que concebemos se tornam relativos à medida que nos amoldamos aos padrões dominantes da nossa cultura e da nossa época.

Outra questão é que, a grande maioria das pessoas, mesmo que conceba a existência de valores absolutos, contenta-se em viver um padrão médio, do tipo: “Se não o melhor, também não sou o pior!”. O problema é que essa forma de pensar acaba sempre afrouxando o padrão.  Aos poucos, sem que nos demos conta, mudaram-se os nossos conceitos e, degrau após degrau, a tendência é descer cada vez um pouquinho mais. Num mundo decaído, é muito raro acontecer uma evolução espontânea dos padrões morais. Se eu deixo de limpar o jardim, logo as ervas daninhas tomam conta.  Moralmente, é assim que funciona o mundo!

Assim, se de tempos em tempos não houver algum evento impactante como uma guerra, uma grande catástrofe natural, uma pandemia, uma crise econômica de grandes proporções, os espaços entre o bem e o mal vão diminuindo tanto e se tornando tão difusos, que as diferenças já não chamam mais a nossa atenção. Nesse ponto, será difícil apelar para as consciências porque sem perceber, somos tomados por uma amnésia coletiva; caímos todos (ou quase todos), num sono tão profundo que quando acordamos, sonho e realidade se misturam de tal modo, que já não conseguimos mais lembrar de quem de fato éramos antes de adormecer.

Estamos hoje vivendo esse momento estranho, como se estivéssemos caminhando numa interminável planície cuja extensão vai além limites do próprio do horizonte.  Nesse cenário, tudo parecerá muito seguro, sem qualquer preocupação de topar com um abismo, ou uma montanha intransponível.  Nesse mundo de fantasia, temores e assombros são desprezados e, ainda que a lógica mais elementar iria pensar na dor, na velhice, na morte, nada disso mais parece nos afetar, porque simplesmente permitimos que nossas consciências alargassem tanto o horizonte, que a própria morte seja concebida apenas uma extensão natural desse mundo imaginário, onde o céu é para todos! Só que um dia, a conta chegará!

Num mundo assim, a verdade agride, mas é ela, a verdade, o único poder real para restaurar as nossas consciências: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão encobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos que prestar contas” - Hebreus 4.12-13.

Prezado leitor: Em meio aos nossos tantos descaminhos, a Palavra de Deus será sempre o lugar seguro para onde podemos retornar!

JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!