Segundo o dicionário, “perspectiva, é uma palavra de múltiplos significados, podendo estar relacionada com o modo como se analisa determinada situação ou objeto; um ponto de vista sobre uma situação em específico; um modo tridimensional de representação ou tudo aquilo que se consegue ver ao longe”. Perspectiva é, portanto, o modo como olhamos para as coisas. Um fotógrafo, por exemplo, irá procurar a melhor posição, o melhor ângulo para captar a melhor imagem, ou dentro da imagem como um todo, aquilo que em particular ele quer destacar. Um bom fotógrafo tem os olhos exercitados para ver aquilo que talvez outros não vejam. Um bom fotógrafo, “tem os olhos bons”!
Ora, trazendo esse conceito para o nível existencial, qual é perspectiva que temos, qual é a fotografia que estamos obtendo da nossa própria vida? O que vemos daquilo que enxergamos? No que os nossos olhos costumam se fixar? Conseguimos ter um olhar mais amplo, onde discernimos os diferentes planos ou estamos sempre aprisionados pelos nossos pelas próprias circunstâncias e medos?
Nesse aspecto, a tendência natural é que nos tornamos apenas reativos, nos concentrando normalmente naquilo que dói, naquilo que incomoda, naquilo que está fora do lugar, naquilo que tememos, esquecendo que, reações seguidas formam comportamentos e que, comportamentos acabam determinando a nossa própria identidade, moldando o nosso caráter. Jesus nos advertiu de maneira muito dura e direta a respeito do nosso olhar em relação à vida: “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão” – Mateus 6.22-23.
Por que Jesus foi tão contundente? Porque a perspectiva errada nos torna maus, nos torna incapazes de ver o bem, nos torna míopes ao ponto de pensar que o mundo apagou a luz, quando foram os nossos olhos que se escureceram. Pessoas que caíram nessa armadilha, já não suportam a verdade sobre si mesmas, nem sobre as suas circunstâncias; acomodam-se na condição de vítimas, culpando Deus e o mundo pela sua infelicidade.
Prezado leitor: Será que existe uma maneira correta de olhar vida? Sim, existe, mesmo nos piores cenários, mas nós somente poderemos desenvolver essa capacidade se tivermos um coração humilde um olhar determinado a procurar o bem em meio ao mal, a ver a beleza em meio a feiura, a ver a ordem em meio ao caos, a ver o eterno em meio ao efêmero. A questão, no entanto, é saber se temos consciência daquilo que estamos procurando e se queremos realmente um dia, sossegar o nosso coração: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. O reino dos céus é ainda semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra” – Mateus 13.45-46.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
