Ainda que essa pandemia não tenha sido planejada – teoria que eu não descarto, o fato é que ela surgiu num momento singular, onde drásticas mudanças visivelmente estão a caminho. Meu sentimento, é como se a História tivesse virado a página final de um grande capítulo. O ano de 2020, provavelmente marcou o fim de um estado de coisas e o início de um novo tempo, cujo dia já amanheceu com ameaçadoras nuvens vermelhas cobrindo o horizonte. Há um sentimento, uma intuição, um pressentimento de que coisas muito ruins estão por vir.
Como parece ser fato consumado que não voltaremos ao antigo normal, perguntamos: Como será o novo normal? Ora, não se trata apenas de saber se teremos que continuar usando máscaras ou não, porque esse é apenas um pequeno detalhe dentro da dimensão das mudanças que estão acontecendo no mundo. O desenho geopolítico das nações está mudando, pois a democracia está com os dias contados. As mudanças climáticas estão sendo tão rápidas e tão intensas, que nenhuma ação humana poderá revertê-las. As economias ocidentais estão todas em acelerado empobrecimento. As instituições de ensino, como um fenômeno mundial, já foram há muito absorvidas pela militância ideológica e, a família biológica – homem mulher e filhos, fonte e pedra angular da sociedade, parece haver se tornado uma afronta.
Infelizmente, já não existe mais uma nação que possa ser referência, já não existe um sistema político que possa ser referência, já não existe um sistema religioso que possa ser referência. Parece que tudo se desfragmentou e as máscaras, exceto aquelas que agora nos obrigaram a usar, caíram todas. E, falando em máscaras, ouso pensar que já estávamos tão fechados em nosso próprio mundo, tão egoístas, tão desinteressados do outro, que elas vieram como juízo, para selar definitivamente a nossa hipocrisia.
Então, daqui para frente, cada vez mais as nossas liberdades serão cerceadas, cada vez mais teremos que desconfiar uns dos outros, cada vez mais a presença de pessoas ao nosso redor será vista como uma ameaça, cada vez mais nos importaremos menos uns com os outros, cada vez mais teremos menos sonhos, cada vez mais teremos menos esperança, cada vez mais teremos menos coragem de enfrentar a vida e, acataremos passivamente as imposições do Estado, porque afinal, o poder do Estado parecerá a única segurança possível em meio ao caos e à falta de perspectiva. Então, conforme o próprio Jesus nos advertiu, a verdadeira fé será algo raro e o amor se esfriará de quase todos.
Prezado leitor: Numa realidade assim, aqueles que se negarem a abdicar da sua fé, assim como aconteceu com os primeiros cristãos - que serviram de bode expiatório pelos pecados do Império, serão vistos como o maior entrave ao estabelecimento da Nova Ordem Mundial e do governo do anticristo. Então, a distorção da verdade será tamanha, que o mesmo espírito que pediu a crucificação de Cristo, fará o mundo pedir pela eliminação dos seus seguidores. E, no entanto, paradoxalmente, eles, os seguidores de Cristo, serão os únicos que em meio aos juízos que se abaterão sobre o mundo, poderão nutrir uma verdadeira esperança: "Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima" (Lucas 21.28).
